CPI ouve representantes das empresas de tevê por assinatura

Dúvidas quanto à cobrança são o maior índice de reclamação dos consumidores
28/09/2011 19:07

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Marcos Bafutto, diretor de regulamentação do Grupo Telefônica<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/CPITVAssinaturaMARCOMarcosBafutto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parlamentares da CPI <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2011/CPITVAssinaturaMarcoZZ.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Reunidos nesta quarta-feira, 28/9, no plenário José Bonifácio, os deputados que compõem a comissão parlamentar de inquérito que apura irregularidades e má qualidade na prestação de serviços das tevês por assinatura, presidida pelo deputado José Bittencourt (PDT), ouviram representantes do Grupo Telefonica e da TVA.

Questionado pelos deputados Edmir Chedid (DEM) e Carlão Pignatari (PSDB), o diretor de regulamentação do Grupo Telefônica, Marcos Bafutto, informou que a empresa, que atende hoje 10% do mercado de São Paulo através de satélite, tem grande expectativa de ampliar seu serviço a partir da regulamentação do PLC 116/2011, recentemente aprovado em Brasília.

Segundo Bufatto, as reclamações se concentram, em sua maioria, na falha de recepção e em discordâncias quanto aos valores cobrados na fatura mensal. Ao ser questionado sobre o atendimento do call center, respondeu que o serviço é prestado por empresa terceirizada, mas a Telefonica acompanha o treinamento e mantém auditorias sobre o motivo das chamadas dos clientes. Quanto à remuneração dos operadores, o executivo não soube informar.

A segunda empresa a ser ouvida foi a TVA, que esteve representada pelo gerente de atendimento ao cliente, Wellington Ramalho e pela coordenadora do departamento jurídico, Camila Ramos Montagna.

A TVA, diferentemente de outras empresas de TV por assinatura, não tem fidelização do cliente, sendo este desobrigado de pagar qualquer taxa quando pede o cancelamento da assinatura. "Optamos por não cobrar a taxa do cliente, embora prevista em contrato, quando faz o cancelamento antes de um ano, como as outras operadoras, pois acreditamos que o cliente satisfeito irá manter o serviço", afirmou Ramalho.

Os parlamentares demonstraram preocupação quanto as condições de trabalho nos call centers, pois aparentemente este atendimento terceirizado seria a maior causa de reclamação, por mau atendimento ou pelo fornecimento de informações erradas.

O deputado Edmir Chedid apresentou requerimento, que foi aprovado, para a oitiva de representante do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel) para levantar as condições de trabalho e nível salarial dos operadores de call centers que atendem as empresas de tevê por assinatura.

Os parlamentares aprovaram também o comparecimento da ONG Proteste " Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, que tem atuado junto aos consumidores de tevê por assinatura.

Os deputados Mauro Bragato (PSDB), Donisete Braga (PT) e Alex Manente (PPS) também participaram dos trabalhos da CPI.

alesp