Dera: estrutura construtivista e atmosfera envolvente

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
08/08/2006 18:11

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Quem conhece a medida da arte conhece arte, e Dera nos comprova com suas obras ter conquistado aquela medida que seguramente pertence ao seu temperamento, à sua sensibilidade e à sua fantasia.

Da anotação de um elemento verdadeiro à transfiguração no sentido mais amplo, sua criatividade artística não se resume a um mero fato técnico, mas a um fato de arte correspondente a uma exigência interior de manifestar sentimentos. São emoções que somente podem ser expressas através de uma linguagem caracterizada pela amplitude dos espaços cromáticos e pelo ritmo de simples e amplas linhas da composição.

Por meio de uma série de etapas artísticas de linha contemporânea, suas composições são realizadas com elegância, num contexto temático e num cromatismo bem brasileiros. Elas vivem uma palpitação intensa, possuem estrutura construtivista e criam uma atmosfera serena e envolvente.

A matéria que utiliza produz o efeito total, dando ao conjunto um valor particular. São paisagens, figuras ou naturezas mortas, onde a cor bem amalgamada naquela matéria alcança também nuances preciosas e intensas.

Da obra "Flores na Janela", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, emana uma poesia interior filtrada para fins estéticos com um alcance que qualifica Dera como uma pintora de sensibilidade.



A artista

Dera, pseudônimo artístico de Derange Telles da Cunha Lima, nasceu em Salvador, Bahia, em 1946. Com tendências neo-impressionistas e cubistas, estudou pintura com Renato Pinto, em São Paulo, Bernardii, Luis Badia e Oziel Belizio, no Rio de Janeiro.

Viveu a maior parte de seu tempo no Estado de São Paulo, mormente em Campinas e São Jose dos Campos, e no Rio de Janeiro, onde reside desde 1994 e instalou o seu ateliê.

Morou muitos anos no exterior, entre Bariloche, na Argentina, Grenoble e Paris, na França e Providence e Washington, nos Estados Unidos.

Interessada em historia da arte, participou de vários cursos e complementou sua cultura nessa área com visitas aos mais importantes museus do mundo, como o Louvre, Picasso e Orset, em Paris, o dos Uffizzi, em Florença, o Museu de Arte Moderna de Nova York, e o de Dali, na Catalunha, Espanha, além de diversos na Bélgica e Holanda, onde estudou pintura flamenga.

Participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior e possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp