A exaltação do ser humano e de sua ânsia de liberdade no universo do escultor Franco de Renzis

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
07/02/2007 14:14

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<i>Busca da Liberdade</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M_Obra Busca da Liberdade.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Franco de Renzis<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-franco.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Através dos séculos, desde o tempo dos egípcios e gregos, todos os grandes escultores enfocaram o ser humano. Franco de Renzis, como Daumier, pensa que o centro da criação artística e sua razão de ser é o homem, e que a representação humana é a mais exultante. Com ela, abraça a totalidade do mundo. O seu universo é, pois, o ser humano, sua religião e sua certeza. Sua fé faz vibrar suas obras, dando-lhe uma vida intensa.

Sempre com grande maturidade, o artista coloca-se na grande tradição clássica da escultura italiana. Diante de suas esculturas, sente-se que o centro de sua criação artística é o homem e a razão de ser. E, estudando sua obra, identificamos o homem com suas ações, seus sentimentos, seus pensamentos.

O amor pela expressão humana caracteriza sua arte; e conseqüentemente a expressão de sua face tanto quanto de seu corpo. E esse amor é tão forte que o artista, desde a adolescência, manifesta essa sensibilidade e esculpe, além de seus próximos, as figuras do quotidiano, bailarinas, trapezistas, cardeais e papas. Hoje, como outrora, não se desvia dessa meta. É sempre com a mesma alegria, a mesma intensidade, o mesmo elã que modela o homem, a mulher, a criança.

Protagonista principal, a figura de Franco de Renzis se apresenta em toda a sua beleza, detalhando defeitos, qualidades e, sobretudo, movimento. Insatisfeito por natureza e perfeccionista ao extremo, o artista transforma sua matéria em poesia, gritos, silêncio e qualidades, luz e sombra. O conjunto de sua obra revela alternadamente inquietação, serenidade, vivacidade dramática e felicidade.

Na escultura Busca da Liberdade, oferecida ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Franco de Renzis mantém essas características, que, no dizer do poeta Mario Chamie, "permanecem entre o trauma da liberdade que não se realiza e a teimosa esperança de um renascimento quase impossível".



O artista

Franco de Renzis nasceu em Agnone, Itália, em 1947, onde passou sua infância. Em 1962, junto com a família, mudou-se para Pistoia, na Toscana. Iniciou suas atividades artísticas em 1970, tendo sido importantes para sua formação o conhecimento e a amizade que manteve durante longo tempo com os consagrados artistas Pietro Annigoni e Romano Dazzi.

Em 1977, transferiu-se para o Brasil, onde atualmente vive e trabalha, em Itapecerica da Serra, SP.

Suas principais exposições individuais são: Galeria Documenta, São Paulo (1979); Sociedade Rural Brasileira, São Paulo (1980); Círculo Italiano de Cultura, São Paulo, e Festival d'Inverno, Campos do Jordão, SP (1981); Espaço Cultural Sambra, São Paulo; Galeria Arte Aplicada, São Paulo (1982, 1983 e 1985); Galeria Ranulfo, Recife, PE; Galeria A.M.C., Buenos Aires, Argentina; Galeria Chelsea, São Paulo (1984); Galeria de Arte, Porto Alegre, RS (1987); Galeria André, São Paulo (1989); Art Miami, EUA (1993); Galeria Star, Palm Beach, Flórida, EUA (1994); Galeria Trios, Tegucigalpa, Honduras, (1995); Galeria Tema, Montevidéu, Uruguai (1996); Hall of Frames & Art Gallery, Boca Raton, Flórida.

Participou ainda de inúmeras mostras coletivas, entre as quais se destacam: Salão de Belas Artes de São Paulo, medalha de bronze (1978) e medalha de ouro (1979); Salão de Belas Artes de Penápolis, SP (1980); Centro Cultural Francisco Matarazzo; Espaço Cultural Sambra; Galeria Arte Aplicada (1981, 1982 e 1985); Galeria Annamaria Niemeyer, Rio de Janeiro (1982); Galeria Chelsea, São Paulo (1983); 17ª e 18ª Mostras de Arte Contemporânea, Chapel Art Show, São Paulo, 1º prêmio (1984 e 1985); Galeria A.M.C., Rio de Janeiro (1986); e Galeria André, São Paulo (1998).

Possui obras em coleções particulares e em acervos oficiais do Brasil, Itália e Estados Unidos e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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