O secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, respondeu em reunião da Comissão de Saúde e Higiene, nesta terça-feira, 22/4, a questões levantadas por deputados e representantes de entidades ligadas à área médica preocupadas principalmente com a distribuição de remédios e a terceirização de laboratórios de alguns hospitais, como o do Emílio Ribas. Segundo as entidades, o laboratório terceirizado não consegue manter a qualidade que o laboratório do próprio hospital apresenta, além de ser mais custoso ao governo. Acusações de que está havendo a inclusão de novos agentes no processo de terceirização, com favorecimento a organizações que não têm especialização para determinados serviços e que, em seguida repassam para parceiros, foi rebatida pelo secretário: "Todos os contratos têm respeitado as regras estipuladas pelo Tribunal de Contas. É verdade que a Organização Bandeirantes não é especializada em prestar serviços laboratoriais. Mas a lei diz que a organização precisa ter serviço de saúde há mais de cinco anos. Isso ela tem". Sobre a reclamação de que a parte laboratorial do Hospital Emílio Ribas vem perdendo qualidade, o secretário respondeu que apenas uma pequena parcela dos exames está sendo terceirizada, a que é composta por exames de rotina. "Os exames com certo grau de complexidade continuarão a cargo do próprio hospital", salientou o secretário. As entidades sugeriram, ainda, a criação de instrumentos que pudessem avaliar a qualidade dos serviços prestados pelos hospitais e receber queixas daqueles que se sentirem prejudicados. O secretário concordou com a idéia. Barradas explicou ainda o funcionamento do Dose Certa como alternativa para a população que retira remédios no Hospital das Clínicas e falou da farmácia popular como uma solução mais barata para os pacientes comprarem seus remédios. Durante a reunião, o presidente da Comissão de Saúde e Higiene, Adriano Diogo (PT), reclamou da postura do secretário com relação às convocações da Casa ao que o secretário rebateu dizendo que sempre atendeu a Assembléia e, particularmente, ao presidente da Comissão de Saúde. "Se tive atitude indelicada, peço desculpas. Nunca tive essa intenção".