Deputado vítima de suborno revela detalhes à imprensa


19/11/2004 21:59

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Deputado Romeu Tuma<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Tuma 19nov.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da Redação

O deputado Romeu Tuma (PPS), que foi alvo de tentativa de suborno na última sexta-feira, 19/11, declarou que seu interlocutor, de quem mencionou apenas o primeiro nome, Marcelo, usou da arrogância típica do crime organizado quando presumiu que ele aceitaria a quantia de um milhão de reais, oferecida para que se mantivesse neutro na votação que decide se o Corinthians fecha ou não o contrato com a MSI, de quem Marcelo é preposto.

Romeu Tuma, que concedeu entrevista coletiva à imprensa na Assembléia nesta sexta-feira, 19/11, contou que gravou a conversa que manteve com Marcelo e entregou a fita para a polícia; Marcelo foi preso.

Posteriormente, Tuma fora procurado também por Renato Duprat, diretor da MSI, e percebeu que Duprat sabia da tentativa de suborno e que a diretoria da empresa está muito empenhada em fazer a parceria.

Quando indagado por um repórter se o seu silêncio garantiria a parceria, o deputado respondeu que não sabia, mas que, como conselheiro vitalício do clube (assim como o seu pai, o senador Romeu Tuma e o próprio presidente da República) cabia a ele aconselhar, e que não se sentiria à vontade em estar vinculado ao magnata russo Boris Berezovski, acusado de fazer lavagem de dinheiro e que estaria por trás da MSI.

Sobre a declaração do presidente Dualibi de que a MSI havia aceitado as modificações no contrato de parceria para satisfazer as exigências da oposição, Tuma declarou que não lhe foi apresentado o contrato original e nem o modificado.

Tuma finalizou dizendo que não tem interesses políticos, administrativos ou financeiros nas suas atividades no clube e que aceitar ou rejeitar a parceria é uma questão de consciência.

alesp