Da RedaçãoO deputado Romeu Tuma (PPS), que foi alvo de tentativa de suborno na última sexta-feira, 19/11, declarou que seu interlocutor, de quem mencionou apenas o primeiro nome, Marcelo, usou da arrogância típica do crime organizado quando presumiu que ele aceitaria a quantia de um milhão de reais, oferecida para que se mantivesse neutro na votação que decide se o Corinthians fecha ou não o contrato com a MSI, de quem Marcelo é preposto.Romeu Tuma, que concedeu entrevista coletiva à imprensa na Assembléia nesta sexta-feira, 19/11, contou que gravou a conversa que manteve com Marcelo e entregou a fita para a polícia; Marcelo foi preso. Posteriormente, Tuma fora procurado também por Renato Duprat, diretor da MSI, e percebeu que Duprat sabia da tentativa de suborno e que a diretoria da empresa está muito empenhada em fazer a parceria.Quando indagado por um repórter se o seu silêncio garantiria a parceria, o deputado respondeu que não sabia, mas que, como conselheiro vitalício do clube (assim como o seu pai, o senador Romeu Tuma e o próprio presidente da República) cabia a ele aconselhar, e que não se sentiria à vontade em estar vinculado ao magnata russo Boris Berezovski, acusado de fazer lavagem de dinheiro e que estaria por trás da MSI.Sobre a declaração do presidente Dualibi de que a MSI havia aceitado as modificações no contrato de parceria para satisfazer as exigências da oposição, Tuma declarou que não lhe foi apresentado o contrato original e nem o modificado.Tuma finalizou dizendo que não tem interesses políticos, administrativos ou financeiros nas suas atividades no clube e que aceitar ou rejeitar a parceria é uma questão de consciência.