Deputadas preparam Semana da Mulher


04/02/2004 19:47

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Deputadas da Assembléia Legislativa de São Paulo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Semana da mulher.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

Entre os 94 parlamentares que compõem a Assembléia Legislativa de São Paulo, apenas 10 são mulheres. Ainda assim, é o maior número já alcançado no parlamento paulista.

Outras casas legislativas têm representação feminina proporcionalmente maior que a de São Paulo, justamente o Estado em que foi fundado o primeiro Conselho Estadual da Condição Feminina. Por que isso ocorre? Essa questão poderá ter resposta durante a Semana da Mulher, evento que terá início no dia 1º e deve ser encerrado dia 8 de março, com uma solenidade que marcará o Dia Internacional da Mulher.

Durante a semana, palestras diárias debaterão temas como saúde da mulher, violência contra a mulher, trabalho, instrução, expectativa de vida, maternidade etc. Porém, mais importante dos assuntos, a semana vai abordar a mulher como um ser social, com diversos perfis, como o de representante política.

Iniciativa inédita em São Paulo, pela primeira vez as 10 deputadas estaduais reuniram-se para estudar iniciativas parlamentares conjuntas que visem a estabelecer políticas públicas voltadas para a mulher paulista, a começar pela semana de atividades, continuando com um levantamento dos projetos que tratam do assunto em tramitação na Casa.

Saindo do casulo

A deputada Maria Almeida (PFL) revela que tem um forte desejo de fazer eventos reunindo mulheres de todas as camadas sociais, a fim de criar um sentimento de unidade, solidariedade e consciência: "As mulheres são capazes, só precisam sair do casulo. Acredito no potencial do ser humano!", diz.

Elas pretendem dar fim a tabus e comportamentos recorrentes que revelam em grande medida atitudes conformistas com a condição imposta à mulher, como a constatação de que mulheres não votam em mulher, ou mulheres que consideram não serem aptas a exercerem determinadas profissões. "Nunca se conseguiu uma ação entre deputadas, antes porque havia só duas, depois havia três, o número era muito pequeno... hoje o número é maior, somos dez. Mas o número não é o que importa", diz a deputada Célia Leão (PSDB), lembrando que o trabalho conjunto deve obter bons resultados, independentemente da atuação individual de cada uma das parlamentares.

Analice Fenandes (PSDB) e Havanir Nimtz (PRONA) tendem a abordar assuntos relacionados à saúde da mulher, e Rosmary Corrêa (PSDB) deve trabalhar o tema da violência. Mas, fora a formação de cada uma delas e sua área de atuação, todas concordam que é preciso dar início a ações mais eficientes de defesa dos direitos femininos.

Condição Feminina em debate

A Assembléia de São Paulo deve participar ainda de outro evento: em 4 de março, o Conselho Estadual da Condição Feminina faz 21 anos, e as deputadas devem promover solenidade alusiva à data, com a presença de figuras importantes que fundaram ou impulsionaram o movimento por direitos da mulher no país.

A semana de eventos trará palestras e atividades no Auditório Franco Montoro, sempre na parte da manhã, de 1º a 5 de março, encerrando-se com uma Sessão Solene, dia 8, às 10h, no Plenário Juscelino Kubitschek.

alesp