Edson Soares encontra no realismo da paisagem a força para indagar os mistérios da natureza

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
13/04/2007 16:14

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Edson Soares<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/edson corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paisagem Mineira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/edson 006.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Se um artista é autenticamente dotado e sua sensibilidade é tal que consegue fazê-lo perceber a fundo os valores que séculos de tradição artística consolidaram, sua mensagem terá novo vigor e significado. Edson Soares é um dos artistas brasileiros que é impossível imaginar separado da temática da terra e da natureza. E qual húmus é mais fecundo do que a terra brasileira?

O artista lança com amor a cor sobre a tela: seu cromatismo é luz e realidade. Nesse empenho de trabalho poético " conduzido com seriedade profissional e nível de estilo " se configura uma prevalência do real nos seus vários aspectos.

Transfigurada liricamente mas sempre ligada ao realismo, sua pesquisa sobre a temática de preferência não faz concessões à esfera do onírico e do fantástico. É exatamente nessa livre escolha da paisagem real que Edson Soares encontra sua originalidade e, ao mesmo tempo, a força para indagar o mistério da natureza.

Trata-se de um pintor dotado de uma veia sentimental que ele não teme revelar, mas que, por outro lado, não o impede de elaborar seus quadros com vigor e estrutura. Por isso, sua pintura contém uma tenra melancolia que torna o tema ainda mais envolvente.

Em Paisagem Mineira, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a representação objetiva não é somente cenário mas elemento partícipe da vida do homem e de sua atividade. A sensibilidade do artista contribui para acentuar algumas de suas características, transportando-o em direção a uma interpretação sempre mais genuína da natureza e da paisagem das Alterosas.



O artista

Edson Soares, pseudônimo artístico de Edson Lemos Soares, nasceu em Miraselva, Paraná, em 1962. Transferiu-se para São Bernardo do Campo em 1973, onde a partir de 1999 instalou seu ateliê de pintura.

Desde a infância participou de vários concursos de pintura e desenho, destacando-se por sua vocação para as artes plásticas. Inicialmente autodidata, procurou evoluir suas técnicas freqüentando a escola de artes da Associação de Funcionários Públicos de São Bernardo, onde foi aluno de pintura acadêmica de Myriam Galli Fiorillo, e realizando cursos livres com Marcos Donizetti Attilio e Antonio Garcia Pascoal. Freqüentou ainda um curso de composição no ateliê de Carmelo Gentil, onde obteve um primeiro prêmio.

Após participar durante certo tempo da Feira de Arte e Artesanato da Praça da República, na capital, realizou exposições individuais no Espaço Cultural São Judas Tadeu e no salão nobre da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo. Participou ainda das seguintes exposições coletivas: Sociedade dos Amigos das Artes de São Bernardo do Campo; Associação das Construtoras Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC; Nova Era Cultural; Centro Cultural Aricanduva; Espaço Cultural da Secretaria Educação e Cultural de São Bernardo do Campo; 18º Salão de Artes Plásticas de Itanhaém; 16º Salão de Arte da Associação Comercial de São Paulo; e 3º Salão de Arte do Grande ABC.

A convite do pároco da Igreja de São José, em São Bernardo do Campo, realizou um afresco de 8 por 9 metros retratando, em uma parte, Moisés com as ovelhas e, em outra, a Ressurreição de Cristo. Recebeu uma medalha de prata em Itanhaém e possui obras em diversas coleções particulares do Paraná e do Grande ABC, bem como no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp