Gilberto Masson pinta o seu "realismo populista" no qual cor e forma criam uma sinfonia campestre

Emanuel von Lauenstein Massarani
29/09/2003 14:03

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Obra O vendedor de aves<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/vendedor de aves290903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Gilberto Masson <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/gilbertomasson290903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para Gilberto Masson, a arte deve ter como objetivo criar e comunicar com simplicidade, assumir uma inequívoca função social e se impor como meio de comunicação para todos, indistintamente. O artista pensa que a muitos foi negada a possibilidade de uma dimensão estética inserida no mesmo quotidiano ou, quanto menos, que a arte imposta não era um "reflexo ideológico do artista frente à realidade social".

Representante de uma geração nascida sob o signo da ansiedade e que tanto se abre à esperança quanto se fecha na angustia e no furor, trata-se de um artista puro cujo objetivo é a essencialidade, na qual se refletem a intenção de manter um discurso dentro de uma linguagem extremamente precisa, clara e, ao mesmo tempo, a vontade de prender o espectador.

Seu meio estilístico exprime em formas anti-acadêmicas o seu "realismo populista", suas figuras se movimentam seguindo esse realismo, no qual cor e forma, realidade e fantasia, riqueza e ingenuidade encontram um modo de se amalgamarem como as notas de uma sinfonia campestre, repleta de recordações de juventude numa típica família de imigrantes peninsulares.

Na obra "O vendedor de aves", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, Masson oferece uma realidade depurada de toda revelação elitista, reduzida a uma imagem ingênua, quase primitiva.

O Artista

Gilberto Masson nasceu em São Carlos, em 1938. Estudou na Escola de Belas Artes Dom Pedro II, no ano de 1955, paralelamente, a música, canto lírico e violino com o maestro Darwin Gioiosa. Participou ainda de várias peças teatrais na sua cidade natal e região, tendo como professor Francisco Marmorato no teatro Sesi.

Participou do XIII Salão de Artes Plásticas de Araraquara; Bienal de Artes e Esculturas de Jaboticabal; 1º Salão de Artes de Barretos; 2º Salão Pintart de São Carlos (1999); Mostra Geral de Artes de São Carlos, realizada na Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda, na modalidade escultura; III Salão Pintart, Galeria Manzano, São Carlos (2000); IV Salão de Artes Pintart (2001).

Entre suas exposições individuais, destacam-se: Universidade Federal de São Carlos (1999); Museu Histórico Cerqueira César, São Carlos; Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda; Espaço Cultural Faber Castell; Casa da Cultura Fernando de Morais, Barra Bonita (2000); Espaço Cultural Ufscar, São Carlos "O negro no século XIX", Fazenda do Pinhal, São Carlos (2001); Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda (2001 e 2003).

Recebeu diversas Medalhas de Ouro e Troféus de Aquisição, além de ter participado da comissão avaliadora da fase municipal do Mapa Cultural Paulista 2000, no Teatro Municipal de São Carlos.

alesp