Palestra discute reciclagem de papel


06/05/2008 17:01

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Giovanni Botelho Colacicco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/Palestra Papel Reciclavel giovanni botelho colacicco -rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Castelo Branco <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/Palestra Papel Reciclavel prof. castelo branco-rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O papel reciclável e sua função social foi o tema da palestra ministrada pelo professor Giovanni Botelho Colacicco, nesta terça-feira, 6/5, na Assembléia Legislativa, com a participação do deputado Olímpio Gomes (PV).

O professor, pós-graduado em contabilidade, foi autor de pesquisa para analisar os custos e a viabilidade financeira no mercado de aparas de papel. "Não adianta existir uma política de reciclagem sem que ela seja economicamente viável", explicou.

Em São Paulo, 25 mil toneladas de lixo são produzidas por dia. Desse total, 20% são de papel que poderia ser reciclado. "Existe grande economia de recursos com a reciclagem. Economiza-se madeira, água e até mesmo energia", disse Colacicco, enfatizando que pode haver redução de até 80% no consumo de eletricidade.

Segundo João Batista, empresário do setor de aparas, o grande problema está em manter o negócio, que encontra dificuldades por conta dos elevados custos de manutenção do sistema e da alta carga de impostos. "Este mercado é muito instável, num mês obtém-se lucro, no outro, não se consegue nem ao menos pagar as contas", afirmou.

O empresário explicou que existe um sério risco de o setor simplesmente desaparecer por falta de viabilidade econômica, gerando sérios problemas ambientais. "Um aparista de grande porte chega a movimentar 8 mil toneladas de papel por mês. Se ele deixar de existir, o que vai acontecer com todo esse lixo de papel?", argumentou Batista.

Uma das questões levantadas pelo deputado Olímpio Gomes (PV) foi a falta de informação que a sociedade tem sobre o assunto, devido a uma visão equivocada divulgada pela mídia. "Muitas vezes as pessoas se omitem por falta de conhecimento do assunto", disse.

Outros fatores contribuem para a atual precariedade do setor de aparas, como a falta de legislação e a falta de interesse e participação da população e das empresas. "Apenas com eficientes controles gerenciais, administrativos e políticos a reciclagem dará certo", afirma Colacicco.

Para Olímpio Gomes (PV), é necessária uma mobilização do maior número de deputados e de representantes de todos os setores para se conseguir uma verdadeira mudança de atitude da sociedade, fomentando a reciclagem e reduzindo a produção de lixo. O deputado ainda abriu a Casa para discussões e para a criação de possíveis projetos de lei que viabilizem o funcionamento do setor.

alesp