O racionalismo de Andrea Anholeto transforma lâminas de aço numa explosão feérica

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
17/04/2006 15:52

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Andréa Anholeto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Andrea Anholeto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Planta do Mar I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Planta do Mar I teste.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

De todas as disciplinas artísticas, a escultura é a que demanda, sem dúvida, maior esforço físico e grande potência criativa para sua realização. Frente a essas considerações, é surpreendente verificar um número cada vez mais importante de mulheres atraídas por essa arte.

Bárbara Hepworth, Lauren Newelson, Alicia Penalba, Marta Pan, para citar alguns nomes internacionalmente conhecidos, são artistas que possuem uma fragilidade aparente contrastando com suas obras. Assim é a escultora Andréa Anholeto.

Preocupada em não perder sua liberdade de inspiração tanto quanto sua liberdade pessoal, a artista demonstra permanecer fora dos modismos do tempo presente. Para ela não existem escolas, somente conta o equilíbrio dos volumes e das formas com suas vibrações e sobretudo suas irradiações no espaço cósmico.

Suas esculturas são o resultado de uma longa reflexão mental, exatamente porque sua caracterização se estende além de todo e qualquer exclusivismo personalístico.

Com essa afirmativa, não se quer em nenhum modo diminuir a intervenção da artista. Entendemos reconhecer que ela se recusa a se entregar tão-somente a qualquer estímulo de origem meramente emocional e sensorial.

Com o apoio direto do aço e com originalidade, Andréa Anholeto evita seguir uma impostação empírica, pois sua sensibilidade se exercita sobre um plano que tende ao racionalismo.

A obra Planta do Mar I, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, relembra cena colhida da vegetação do fundo marinho e habilmente transformada numa espécie de explosão feérica de lâminas de aço.

A artista

Andréa Anholeto nasceu em Salto, interior do Estado de São Paulo, em 1973. Iniciou sua vida profissional aos 15 anos, lecionando durante 13 anos numa rede de colégios particulares e administrando aulas, workshops e palestras de língua portuguesa, inglês e arte educação.

Autodidata no campo das artes, iniciou suas pesquisas aos 14 anos, mantendo maior intimidade com a obra bidimensional. Freqüentou cursos de história da arte, desenho expressivo, desenho artístico, criação de texturas e linguagem tridimensional. Paralelamente, formou-se no curso superior de Letras.

Em 2002 passou a dedicar-se exclusivamente à pesquisa de artes e de eventos. Ao conhecer a linguagem tridimensional e as diversas técnicas de fundição, a artista impulsionou seu trabalho para novas formas, técnicas e temas inovadores.

É associada ao Sindicato dos Artistas Plásticos do Estado de São Paulo (Sinapesp) e ao Comitê Nacional Brasileiro da Associação Internacional dos Artistas Plásticos (AIAP) da UNESCO. Está registrada no Governo do Distrito Federal e na ABIFA.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Atualmente trabalha com exposições itinerantes, desenvolve projetos especiais e executa oficinas direcionadas ao público infantil e adulto.

Suas obras encontram-se em coleções particulares no Brasil e no exterior e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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