Presidente da Assembléia recebe secretário da Segurança Pública

Saulo de Castro garante breve elucidação dos crimes contra moradores de rua
24/08/2004 22:09

Compartilhar:

Saulo de Castro Abreu Filho, secretário da Segurança Pública e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sidney Beraldo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Secretario seg pu e beraldo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, foi recebido na manhã desta terça-feira, 24/8, pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sidney Beraldo. O secretário, que esteve acompanhado por representantes de associações de lojistas do centro da cidade, principalmente da área da rua 25 de Março, fez um balanço da ação policial nesta região e ouviu sugestões e solicitações dos comerciantes.

Saulo, durante o encontro conversou com Beraldo sobre projetos de interesse da pasta que estão em tramitação na Assembléia. O secretário tratou, especialmente, do projeto de reestruturação da Polícia Militar, que possibilita a ampliação do efetivo e a criação de novos batalhões.

"É a primeira vez que a Segurança Pública promove uma reestruturação sob o aspecto técnico", disse Beraldo, lembrando que o secretário pediu a agilização na tramitação do projeto que já está na Casa.

Quanto às agressões aos moradores de rua, o secretário informou que a providência imediata logo após as primeiras agressões foi tentar reunir os moradores em determinados locais que favorecessem o policiamento. "Foram feitas, também, gestões junto à prefeitura para removê-los para abrigos, nesta região são perto de 5 mil moradores de rua", afirmou. Segundo Saulo, foi dada ordem para que os policiais levassem estas pessoas, mesmo que contra a vontade, para locais abrigados. "Muitas pessoas estavam embriagadas ou sob o efeito de drogas; então para preservar suas vidas nossa ação muitas vezes foi contra a vontade manifesta de permanecerem nas calçadas", disse.

Para o secretário, a ação junto a esta população não deve ser a de polícia, mas sim da área da assistência social na esfera municipal, apenas os aspectos relativos aos crimes é que devem estar a cargo da segurança pública. Saulo adianta que de quatro linhas de investigação já foram descartadas duas e em breve o crime será desvendado.

De acordo com o secretário, a polícia acaba tendo que agir na área social por falta de uma ação mais efetiva no município. "Quando a pessoa tem em sua porta uma pessoa que mora na rua e está bêbada ou drogada, ou tem doença mental para que número ela liga? Ela liga para o 190, pois não tem mais ninguém que atenda aquela solicitação. E os policiais vão ficar rodando com aquela pessoa na viatura até encontrar um local em que ela possa ficar. A polícia recebe 150 mil ligações por dia, metade delas são casos da esfera social", afirmou.

Seqüestros relâmpago

Ao falar sobre os casos de seqüestro relâmpago, o secretário disse acreditar na necessidade de mudança do dispositivo legal, tipificando estes casos como de seqüestro, hoje classificado como crime hediondo. "Avançamos muito na repressão ao crime de seqüestro, quando assumi estavam em cativeiro 58 pessoas hoje temos apenas um caso, mas é necessário que seja atualizado o código penal, ainda agimos com base em um arcabouço jurídico de 1940", reiterou o secretário.

alesp