Presidida pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT), a Comissão de Educação recebeu o secretário de Estado de Educação, Paulo Renato Souza, para prestar contas do andamento da gestão de sua Pasta nesta quarta-feira, 8/12. A reunião contou ainda com a presença dos deputados Paulo Barbosa (PSDB), Ricardo Montoro (PSDB), Simão Pedro (PT), Carlos Giannazi (PSOL), da deputada Rita Passos (PV) e de entidades representativas do magistério. Souza fez exposição de políticas adotadas pelo governo estadual que têm contribuído e mostrado bons resultados, como os programas Ler e Escrever, iniciativa do município de São Paulo, e São Paulo Faz Escola, iniciativa do Estado, e a adoção de um currículo estadual. Além das medidas mencionadas, haverá a contratação de professores que cumprirão o papel de mediadores de conflitos dentro das salas de aula. Ele afirmou que cerca de dez mil novos professores serão contratados para o início de fevereiro por meio do concurso realizado. Após a explanação do secretário, abriu os deputados lhe fizeram perguntas pertinentes à sua Pasta. A presidente da comissão, Prandi, expressou preocupação com o alto índice de evasão escolar entre os jovens de 15 a 17 anos e com o analfabetismo funcional. Alguns dos questionamentos levantados foram em relação à redução no número de funcionários nas escolas públicas, a remuneração dos profissionais da educação, os investimentos feitos pelo governo federal na educação da Capital, a Lei 1.093/2009, que consiste numa avaliação para os professores da rede pública de ensino, entre outros. "O Plano Estadual de Educação foi entregue ao Conselho Estadual de Educação, não passou pela Assembleia e também não foi discutida. Só agora o plano chegou ao Conselho Municipal, depois de muita pressão", protestou Giannazi. Em resposta, o secretário disse que, temas como o quadro de apoio escolar serão resolvidos a longo prazo. Com relação à Lei 1.093/2009, Souza discordou e declarou que "a prova se revelou um instrumento muito importante. Muitos jovens recém-chegados no mercado puderam ingressar no quadro de funcionários. A avaliação tem um caráter de promoção, não de punição. Ao longo do tempo, todos serão promovidos".