O tempo e o espaço, bem como a imagem e o movimento, são expressos por Rômulo Fainbaum como "duração" e como persistência dos conteúdos que incidem na consciência do observador. O fluxo luminoso, geralmente centralizado, imprime uma vibração que se repercute em cada ângulo da obra, determinando uma sensação de continuidade do movimento rotativo. O cromatismo, no seu contínuo dinamismo, cria uma convergência de sensações diversas e persistentes, não modifica a ponderabilidade da estrutura, mas a faz vibrar através de uma simultaneidade ótica de incessante continuidade. Enquanto que a vanguarda histórica do século XX interpretava as duas constantes do movimento, em sentido analítico e em sentido sintético, a Rômulo Fainbaum interessam aquelas vibrações fixo-dinâmicas aptas a valorizar tanto o movimento quanto a forma, através de uma síntese mental e conceitual. Em "Proteção", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista mantém em todas as suas experimentações o núcleo inspirador de suas inquietantes experiências que, mesmo quando se dividem em múltiplos caminhos, confluem no grande mar da vida. O Artista Rômulo Fainbaum, pseudônimo artístico de Rômulo Monte Faimbaum, nasceu em São Paulo, em 1971. Desde muito pequeno seu brinquedo favorito foi papel, lápis de cor, canetinhas coloridas, tesoura e cola e mal sabia o que viria mais tarde. Aos 15 anos, freqüentou a Escola Panamericana de Arte, onde fez o curso de fotografia, ilustração e design. Em 1990 fez diversos cursos de fotografia na Casa Fuji e no ano seguinte entrou na Faculdade de Arquitetura da Universidade São Judas Tadeu, passando a se interessar com os processos criativos, projetos, desenho industrial e história da arte. Com a finalidade de manter um contato com as obras dos grandes pintores, percorreu diversos países da Europa inteirando-se de suas respectivas culturas. Regressou ao Brasil em 1992 onde verificou que sua arte sofrera muita mudança. A partir de 1997 desenvolveu uma série de designs, ilustrações e maquetes para um estúdio de design de São Paulo. Juntamente com Renato di Chiara funda em 2003 a Agência de Propaganda R2PD, onde exerceu as funções de Diretor de Arte e Criação. Desde 2007 tem dedicado mais tempo à pintura e as experiências com arte, sempre mesclando materiais reciclados como lonas de caminhão velhas, páginas de revistas usadas e alumínio de latas de refrigerantes. Participou de diversas exposições na Suécia e na África do Sul e suas obras encontram-se em coleções particulares na Europa, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.