Presidente do CBT defende construção do túnel Santos/Guarujá


15/04/2008 17:32

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Paulo Alexandre fala em evento na UniSantos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/PAULO ALEXANDRE TUNEL.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O mito de que a ponte é uma alternativa mais econômica, em um projeto de interligação entre Santos e Guarujá, foi derrubado pelo presidente do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), engenheiro Tarcísio Barreto Celestino, em audiência realizada no último dia 10/4, na Universidade Católica de Santos (UniSantos). O evento foi organizado pelo deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Construção do Túnel.

Para um público que lotou os 300 lugares do auditório da UniSantos (muitas pessoas ainda ficaram de pé), Celestino explicou que a ponte é uma opção muito mais cara comparada com o túnel. Ele esclareceu que a ponte também não tem viabilidade técnica em um projeto para unir as duas cidades. O entrave está na grande área de acesso que seria exigida para se evitar a elevada declividade da pista. "É um percurso de travessia relativamente curto (menos de 1 km), mas que obriga uma ponte muito alta para a passagem de navios pelo estuário".

O diretor-acadêmico da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), professor Hélio Hallite, concordou com Celestino, um dos maiores especialistas no assunto no mundo, sendo responsável pelo Túnel Jânio Quadros, construído sob o Rio Pinheiros, em São Paulo. "A ponte teria uma altura mínima de um prédio de 12 andares, algo completamente inviável."

Em um minucioso trabalho comparativo com outros projetos de túneis no mundo, o presidente do CBT desmistificou antigos tabus. Um deles é o risco de acidentes em áreas de túneis. Segundo ele, as estatísticas revelam que esse tipo de ocorrência é dez vezes menor nos túneis em comparação a pontes.



pabarbosa@al.sp.gov.br

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