Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 31/7, o deputado Marcos Martins (PT) deu esclarecimentos em relação à Lei 12.684, que proíbe o uso no Estado de São Paulo de produtos, materiais ou artefatos que contenham amianto. A lei entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2008. Para informar a população, o Poder Executivo vai realizar campanhas de divulgação dos efeitos nocivos provocado pelo amianto. O parlamentar lembrou que já são realizadas campanhas com revistas informativas e debates em escolas e igrejas, além da distribuição, em parques, de balões com a frase: "O amianto mata". Martins salientou que, no mundo, 100 mil pessoas por ano morrem de câncer por terem se contaminado com a substância. No Brasil, 250 mil processos de indenização tramitam na Justiça.Segundo Martins, há doze anos o PT e a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) vem lutando para instituir a lei, já adotada por 48 países. "A intenção é que o produto seja banido em todo o mundo, principalmente no restante do Brasil", afirmou o deputado. Em Osasco, a lei está em vigor desde 2000 e já existe um trabalho de troca de caixas d"água e telhados produzidos com amianto em locais públicos. Os sintomas mais comuns provocados pela contaminação com o amianto são, de acordo com o presidente da Abrea, Eliezer João de Souza, cansaço físico e falta de ar. Os diagnósticos são difíceis de se realizar porque a descoberta do câncer pode levar até 40 anos. Entretanto, radiografias e tomografias podem averiguar o estado dos pulmões, órgãos mais afetados pela substância.Marcos Martins caracteriza esta lei como contribuição do Estado no combate a uma doença mundialmente conhecida. "Queremos ver esta idéia se difundir, pois muitos males podem ser evitados com mais vontade política e menos ganância", concluiu.