Campanha deverá informar sobre efeitos nocivos do amianto e sua proibição a partir de 2008


31/07/2007 19:16

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Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 31/7, o deputado Marcos Martins (PT) deu esclarecimentos em relação à Lei 12.684,  que proíbe o uso no Estado de São Paulo de produtos, materiais ou artefatos que contenham amianto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AMIANTO MMY (2).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Trabalhadores vítimas da exposição ao amianto participam da entrevista com Marcos Martins (ao centro)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AMIANTO MMY (53).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 31/7, o deputado Marcos Martins (PT) deu esclarecimentos em relação à Lei 12.684, que proíbe o uso no Estado de São Paulo de produtos, materiais ou artefatos que contenham amianto. A lei entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2008. Para informar a população, o Poder Executivo vai realizar campanhas de divulgação dos efeitos nocivos provocado pelo amianto.

O parlamentar lembrou que já são realizadas campanhas com revistas informativas e debates em escolas e igrejas, além da distribuição, em parques, de balões com a frase: "O amianto mata". Martins salientou que, no mundo, 100 mil pessoas por ano morrem de câncer por terem se contaminado com a substância. No Brasil, 250 mil processos de indenização tramitam na Justiça.

Segundo Martins, há doze anos o PT e a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) vem lutando para instituir a lei, já adotada por 48 países. "A intenção é que o produto seja banido em todo o mundo, principalmente no restante do Brasil", afirmou o deputado. Em Osasco, a lei está em vigor desde 2000 e já existe um trabalho de troca de caixas d"água e telhados produzidos com amianto em locais públicos.

Os sintomas mais comuns provocados pela contaminação com o amianto são, de acordo com o presidente da Abrea, Eliezer João de Souza, cansaço físico e falta de ar. Os diagnósticos são difíceis de se realizar porque a descoberta do câncer pode levar até 40 anos. Entretanto, radiografias e tomografias podem averiguar o estado dos pulmões, órgãos mais afetados pela substância.

Marcos Martins caracteriza esta lei como contribuição do Estado no combate a uma doença mundialmente conhecida. "Queremos ver esta idéia se difundir, pois muitos males podem ser evitados com mais vontade política e menos ganância", concluiu.

alesp