Arnaldo Neves: o mito da figura humana transferido para esculturas abstratas

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
11/09/2008 15:50

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Escultura em granito de Miracatu, Alusão ao Pensador - Rodin<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/ArnaldoNevesAlusaoaopensador.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Arnaldo Neves<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/Arnaldo Neves corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Se para os figurativos a arte escultórica de Arnaldo Rodrigues. é abstrata demais, para alguns abstratos ela pode parecer figurativa. Em realidade a figura humana desperta no artista um interesse primordial, com suas formas e as associações psíquicas de suas formas. Não se trata, entretanto, de uma conciliação entre abstrato e figurativo, o que geralmente produz resultados híbridos.

Embora a criatividade de Arnaldo Rodrigues seja geralmente figurativa, é claro também que ele atribui à abstração o justo papel em sua obra. De uma maneira elegante, sua figura não é deformada. Essencialmente sintética, possui proporções ideais. Suas formas são claras e lúcidas.

Acima da beleza fácil e do charme sensual, sua obra transmite a riqueza e a profundidade da vida por intermédio de uma forma esbelta que é carregada de energia e também de profundo conteúdo psíquico.

Levado por um impulso criador e pela consciência de que o ser humano não pode concluir completamente sua missão, o escultor pesquisa matérias e formas para projetar suas obras que possuem intrinsecamente, um sentido de monumentalidade.

Na escultura em granito de Miracatu, Alusão ao Pensador - Rodin, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, inspirada na celebre escultura "O pensador" de Rodin, o artista consegue dar leveza e elegância aos seus volumes, com habilidade e proporções ideais.



O artista



Arnaldo Neves, pseudônimo artístico de Arnaldo Rodrigues das Neves, nasceu em Iguape, SP em 1955. Desde a década de 90 o artista se dedica a propor políticas públicas que criam opções sustentáveis aos moradores da região do Vale do Ribeira, em especial para os moradores da Estação Ecológica da Juréia e as comunidades de extrativistas que trabalham com a madeira caxeta no campo da escultura e do artesanato.

Participou das seguintes exposições: União Cultural Brasil - Estados Unidos (1973); Galeria Mandala; IV Encontro Jundiaiense de Artes; Salão da Associação da Escola Graduada, SP (1975); XIV, XV e XX Salão de Artes Plásticas do Embu, SP (1977, 1978 e 1983); II Salão Jovem de Arte Contemporânea de Santo André, SP; 43º e 48° Salão Paulista de Belas Artes, SP (1979 e 1985); Múltipla Galeria de Arte, SP (1987); "Os Mármores", Galeria Arte Aplicada, SP (1988); I Salão Internacional de Granitos e Mármores, SP.

Seus trabalhos foram expostos em importantes centros de difusão de artes, tais como: Pinacoteca de São Paulo, Galeria Skultura, Fujitsu do Brasil, Museu Brasileiro do Papel, União Cultural Brasil - Estados Unidos, Gema Design, Galeria Mandala, Associação Escola Graduada de São Paulo, Múltipla Galeria da Arte, Galeria Arte Aplicada.

Entre os vários prêmios que recebeu destacam-se: Premio do Conselho Estadual de Cultura, Grande Medalha de Ouro e Medalha de Bronze, ambos no Embu (1978 e 1983). Suas obras encontram-se em importantes coleções particulares e oficiais além do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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