Museu de Arte - Essencialidade de formas e das estruturas cromáticas nos azulejos cerâmicos de Norma Tamaoki


15/10/2009 14:08

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Colheita de cacau<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/NORMA TAMAOKI - COLHEITA DE CACAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Norma Tamaoki Nyuul<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/NORMA TAMAOKI.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Verdadeiros símbolos de sentimentos e sensações, as criações de Norma Tamaoki se encontram a meio caminho entre a concretização de uma lembrança fixada na memória e a livre expansão do seu inconsciente primitivo, sustentado por um evidente sentido de configuração.

A linguagem pictórica dessa artista encontra o seu vigor artístico na preciosidade das cores, na essencialidade das formas e no sintético das estruturas sintáticas. As paisagens e as cenas que cria sobre azulejos de cerâmica são elaborados por meio da eliminação de todos os detalhes supérfluos.

Norma Tamaoki não descreve, mas sugere; não conta, mas evoca. Bastam-lhe poucos elementos para criar situações e condições sociais e existenciais. Os vultos de seus personagens são sempre indefinidos porque devem perder a própria individualidade para surgir como valor universal.

Após passar por diversas fases, encontrou uma linguagem mais pessoal e mais cativante no uso de cores puras, estendendo linhas que atravessam a superfície de seus azulejos. Em suas obras, cada fato, cada acontecimento sai da crônica para entrar no mundo da história. E esse milagre é devido à força do estilo.

"Colheita de cacau", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é uma composição sobre quatro azulejos cerâmicos pintados através da técnica de corda seca, onde a narração de Norma Tamaoki é valorizada por cores fortes, bem ambientadas ao clima do sul da Bahia, sua terra natal.



A Artista



Norma Tamaoki Nyuul, pseudônimo artístico de Norma Lúcia Gomes Tamaoki, nasceu em Ibicuí, Bahia, em 1950. Realizou vários cursos na área de cerâmica, especializando-se em diversas técnicas, com destaque para a pintura escorrida, escavação em argila e pintura de corda seca. Desde 1997 é professora do curso de pintura em cerâmica na Associação Atlética Banco do Brasil.

Participou de diversas exposições individuais, notadamente: Galeria de Arte da AABB, SP (1993 a 1997); Espaços Culturais do Banco do Brasil, SP (1993) Cesec-SP; Espaço Cultural do Centro Empresarial, SP (1993, 1999 e 2002); Espaço Cultural Jaakko Poyry, SP (1994); Espaço Cultural Rhodia, SP; Espaço Cultural Sabesp; Espaço Cultural Amex/Sollo, SP; Espaço Cultural do Banco Francês e Brasileiro, SP; Oficina de Artes da Associação Atlética Banco do Brasil; Galeria Satélite, Itanhaém, SP (1996); Galpão das Artes; Associação dos Funcionários da Câmara Municipal, SP (1997); "Nossa Cidade", Museu de Arte de São Paulo, SP (2003) e Espaço Cultural V Centenário da Assembléia Legislativa (2004).

Suas peças em cerâmica são utilizadas freqüentemente em cenários e programas das diversas televisões brasileiras e são encontradas em diversas coleções particulares e oficiais no exterior, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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