Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Inna

Inna desperta sensações que permaneceram adormecidas no tempo e na memória
22/07/2011 10:35

Compartilhar:

Tempestade<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2011/MuseudeArteObraTempestade.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Inna<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2011/MuseudeArteArtistaInna.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O gesto e a ação de pintar, para a artista Inna, possuem uma expressividade intimista, onde a cor como transparência de luz e o traço como grafia da sensibilidade encontram sentido no seu lirismo. Essa concepção estética se abre ao comportamento pictórico no trabalho da pintora, que por sua vez se caracteriza como expressão de sentimentos e busca de espontaneidade.

Sua pintura não esquece a cor e o calor do exórdio expressionista, onde confluíam impulsos primitivos e violência cromática. Se a tensão juvenil se aplacou no decorrer dos anos, a sua visão pânica da vida soube se diversificar tanto nas grandes obras quanto nas pequenas. Sua poética se traduz no coerente aprofundamento de uma realidade pictórica sempre mais exclusiva e vibrante.

O discurso de Inna se desenvolve sempre num horizonte existencial que encontra a própria sociabilidade no valor da mensagem afetiva registrada sobre a tela. Sua obra nos parece uma autocitação, reativação de memórias, reevocação de atmosferas passadas. A espessura reencontrada do tempo se projeta no presente como uma ansiedade de resgate e produz uma nova ordem icônica e de composição.

Através de um cromatismo fogoso, no limiar do inexprimível, a artista insere na obra sua inquieta e sonhadora participação emotiva, juntamente a vagos estados de alma. Possuindo um modo muito pessoal de pintar, usa uma paleta calorosa, vivaz e ritmada capaz de criar uma gama de cores com toda sorte de timbres.

Na obra "Tempestade", doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a sutil descrição dos elementos é também evocação, despertar de sensações que permaneceram adormecidas no tempo e na memória, mas realizadas com absoluta clareza, ordem e respeito pela arte.



A Artista



Inna, pseudônimo artístico de Inna Cymlich Janse, nasceu em Nizny Tagil, nos Montes Urais russos em 1943. Após morar na Austrália, transferiu-se para o Brasil em 1999, quando iniciou sua carreira de artista sob a orientação de Osmar Pinheiro, Marco Gianotti em pintura e Jaqueline Aroni em desenho. Posteriormente frequentou curso de aperfeiçoamento em desenho no Art Students League, Nova York, Estados Unidos. Formou-se em design e história da arte no Royal Melbourne Institute of Technology, na Austrália e em fotografia no International Center of Photography em Nova York.

Participou das seguintes exposições coletivas. Galeria Ouro Fino, Jardins, São Paulo (2001 e 2002); Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, Pinheiros, São Paulo (2003); Exposição de pré-lançamento do Projeto Brasil na França, Higienópolis, São Paulo (2003); Galeria Oficina Virgilio, Pinheiros, São Paulo (2004); Galeria Estação São Paulo, SP (2005); Salão de Arte de Extrema, Minas Gerais (2005); e Salon 2005, da Société Nationale des Beaux Arts, Carrousel du Louvre, Paris (2005).

Possui obras em coleções particulares em Nova York, EUA, Sidnei, Austrália, Amsterdã, Paises Baixos; Bogotá, Colômbia; São Paulo e Rio de Janeiro e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

alesp