Doroti cria "naturezas mortas" dentro de viva harmonia cenográfica

Emanuel von Lauenstein Massarani
15/10/2003 14:00

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Obra Cocos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/obradorothi151003.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Doroti Pascoeto Vieira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Dorothiobra151003.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Doroti possui um estilo expressivo: utiliza a matéria cromática com feliz imediatismo, carregado de representação emocional, tal a vibração luminosa de suas obras. Com cuidadoso equilíbrio tonal, formas, luz e espaço se amalgamam na estrutura de uma composição fluida, cuja leitura possui uma segura comunicação, capaz de permanecer além da contingência, num verdadeiro estímulo da memória e do sentimento.

A artista pinta, sobretudo, naturezas mortas. Tudo o que a estimula e lhe provoca uma sensação, seja por um objeto ou por um fato, é oferecido pelo mundo físico.

Considerar a natureza como fonte de sensações é pois atualidade. A causa principal do realismo na arte é pois interpretar o tema ou o objeto na sua dimensão real e física, com técnica aprimorada e com o objetivo de recriar uma emoção através da imagem exata.

Pintora do realismo e da realidade, as naturezas mortas de Doroti enfocam, em primeiro plano, frutas ou objetos mágicos que não se exaltam tão-somente no evidenciar das coisas. Os objetos em foco são os protagonistas da representação, mas ao seu redor existe um pulsar de harmonia paisagística, rico de encantos.

Na obra "Cocos", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, a inspiração da artista, atraída pela beleza dos produtos da terra, provoca nossa fantasia. A contemplação dos motivos densos de suas cores constitui pretexto para louvar ainda mais o enfoque da natureza.

A Artista

Doroti, nome artístico de Doroti Pascoeto Vieira, nasceu em 1939, na cidade de São José do Rio Preto, São Paulo. Formou-se em Letras pela Universidade de São Paulo. Realizou diversos cursos no campo artístico: "Pincéis Tigre" (1996, 1997 e 1998); "Desenhar usando o lado direito do cérebro", com o professor Rondino (1998); Pintura a óleo, com o Grupo de Artes Super Don" (1999); Desenho e cor, no Centro Cultural Maria Antonia (2000).

Participou de inúmeras exposições, individuais e coletivas, destacando-se entre elas: VIII e X Salão de Artes da ACM, Pinheiros e Lapa (1997 e 1999); 7ª Exposição do Grupo de Artes Super Don, Osasco, e "Arte Perto de Você", Espaço Cultural Raposo Shopping (1998); XIII e XIV Salão de Arte da Associação Comercial de Pinheiros (1999 e 2001); "Reverenciando a natureza", Itanhaém (1999); 52º Salão Paulista de Belas Artes e Centro Cultural Banespa USP (2000); 1º Salão de Pintura Figurativa Contemporânea, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa; "Paisagem Brasileira", Associação Paulista de Belas Artes; "Primavera", Centro Empresarial de São Paulo (2002); Espaço Cultural V Centenário, Palácio 9 de Julho; Casa de Cultura de Santo Amaro; "Natureza Morta", Associação Paulista de Belas Artes; e III Salão de Pintura Figurativa Bunkyo (2003). Desde 1996 tem recebido inúmeros prêmios e menções honrosas.

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