As obras de Emília Kitano tem o poder mágico e maravilhoso de nos transportar para trás no tempo e nos fazer degustar objetos, frutos e ambientes cobertos por uma pátina dourada, mas palpável, que conseguem emocionar e fazer vibrar as cordas mais sutis da sensibilidade do observador. A personalidade dessa artista nasce com a escolha e a impostação construtiva do tema que deseja representar. Ela concretiza sua individualidade com uma cuidadosa escolha da escala cromática, elaborando a visão objetiva de um processo interior que a leva a transformar a mesma realidade em outra, personalíssima, onde os mesmos elementos da composição assumem acentuações peculiares. Emília Kitano tem a capacidade de propor, particularmente nas suas naturezas-mortas, temas e caracteres que nos transportam ao realismo flamengo, quente e palpitante. Enriquecendo o próprio estado de ânimo e valendo-se de um bom conhecimento técnico, ela consegue captar sons imperceptíveis, mas comunicáveis através do próprio trabalho. A artista se diferencia de muitos outros pela atmosfera que consegue criar, fundindo sombra e luz sobre uma superfície específica, onde a matéria densa cria efeitos de porosidade próprios da cerâmica. Na obra Cerâmica Japonesa, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a fusão entre caracteres e significados alcançada pela artista é evidente e valoriza sua criação exclusiva com original personalidade. A artista Emília Kitano, pseudônimo artístico de Emília Hemi Toyoda Kitano, nasceu em Suzano, SP, em 1955. Formou-se pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Unicamp, como cirurgiã-dentista. Recentemente, descobriu sua vocação no campo das artes plásticas, as quais exerce paralelamente a suas atividades médicas.Desde 2001 segue cursos de pintura e desenho com o destacado artista e professor Maurício Takiguthi, utilizando a técnica de pintura realista. Participou e foi selecionada nos seguintes salões de arte: XI Sabbart (Salão Brasileiro de Belas-Artes de Ribeirão Preto), SP; 2º Salão de Pintura Figurativa Bunkyo; 15º Salão de Arte da Associação Comercial de São Paulo, Regional de Pinheiros (2002); e 18º Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, MG (2003). Em 2005 esteve presente numa exposição coletiva do ateliê Takiguthi no Espaço Cultural V Centenário da Assembléia Legislativa.Possui obras em diversas coleções privadas e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.