O abstracionismo de Roberto Bernardo: síntese e transfiguração em linguagem incisiva


31/03/2008 11:38

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Roberto Bernardo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/Roberto Bernardo corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Autumm leaves<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/roberto bernardo obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Durante muitos anos após a II Guerra Mundial, o envolvimento dos jovens artistas com a arte abstrata foi quase unânime. Data desta época a inclinação pela matéria, álibi da existência espiritual. As formas permanecem estagnadas como resíduos de almas atormentadas, contrastando com o fundo longamente trabalhado e embevecido de uma incandescência interior.

A principal tendência do pintor Roberto Bernardo, se manifesta através de uma certa "monocromia" presente em suas obras. Abstraindo as formas, esquematizando-as cada vez mais e, reduzindo suas imagens a alguns traços simples, o artista nos surpreende pela força de seu abstracionismo, hoje decadente na maioria dos países europeus.

Sua conversão à arte abstrata foi praticamente natural, influenciado pelas várias Bienais Internacionais e pela divulgação das mídias americanas e européia. Em virtude de um sentido plástico fortemente desenvolvido e certamente graças ao seu amor pela natureza, com o espírito o mais puro, Roberto Bernardo nos apresenta uma forte virtualidade aliada a um virtuosismo significativo.

Trata-se de um artista com vibrante emotividade cuja obra nos transmite a mensagem global típica da pintura informal onde encontra-se um exorcismo vivificante que leva uma forma objetiva a viver uma segunda e falsa vida natural mas uma vida totêmica colocada fora do tempo.

Sua obra Autumm Leaves, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, possui um sentido da estrutura e de despojamento fortemente ligado à sensibilidade da matéria e do próprio artista. A síntese e a transfiguração dessa obra exprimem em linguagem incisiva, um estado de dramática complexidade no composto vigor dos valores temáticos.





O artista

Roberto Bernardo nasceu no Rio de Janeiro em 1965. Vive e trabalha em São Paulo desde 2007. Estudou arte"filosofia com Anna Bella Geiger e Fernando Cochiaralli; imagens de superfície I e II com Luiz Ernesto; dynamic encounters com Charles Watson; matrizes, moldes, objetos e instalações com Guilherme Blatter; pintura II com João Magalhães; escultura com Hélio Rodrigues; pintura contemporânea com Luiz Ernesto; história da arte moderna e contemporânea com Viviane Matesco e finalmente produção, arte e conceito com Nelson Leirner, Daniel Senise e Fernando Cochiaralli.

Frequentou ainda na Inglaterra dos cursos de introducão a arte moderna e contemporânea na Tate Online; pos - modernismo e arte e cor no Birkbeck College, Universidade de Londres, Inglaterra e introduction a curadoria no Central Saint Martins College of Art em Londres.

Participou das exposições: Interferências Urbanas, Portas Abertas Santa Tereza e Espaço Bananeiras, Rio de Janeiro (1998); Espaço Cultural Constituição e Centro Cultural Carioca, Rio de Janeiro (1999); Faces do Tempo, Galeria Primeiro Piso (2000); Escola de Artes Visuais Parque Lage, Projeto Hora do Brasil, Fundição Progresso e Mostra Arte II, Galeria Maria Martins, RJ (2001); Projeto Hora do Brasil, Feira de São Cristóvão, RJ; Salão Internacional de Pintura, Academia Nacional de Artes Plásticas, Minas Gerais; X UniversidArte, Universidade Estácio de Sá, RJ; Novíssimos 2002, Galeria de Arte IBEU, RJ (2002); Galeria 8 Rosas, SP (2007); Espaço Candido Portinari, Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (2008).

Possui obras em diversas coleções particulares na Inglaterra, Brasil, Portugal e no Museu de Arte do Parlamento do Estado de São Paulo.

alesp