Museu de Arte do Parlamento Paulista - Burle Marx conjuga o antigo e o novo, o efêmero e o durável com idéias inovadoras
Paralelamente à sua inigualável obra de arquiteto da paisagem, Roberto Burle Marx assumiu nas artes brasileiras uma das mais destacadas posições, enveredando tanto pelo desenho quanto pela pintura, gravura, tapeçaria, cerâmica, escultura, jóias e cenografia. Plasmando formas, cores e luzes, o artista-arquiteto usa uma abordagem nova, que não quer ser documental, nem mesmo naturalista.
O desenhista e o pintor sempre se destacaram em toda a diversidade de sua ampla produção. O artista nos transmite uma lição aprendida diretamente da natureza: traça jardins, embeleza e enriquece áreas até mesmo inexpressivas, tanto públicas quanto privadas, usando para tanto as vibrações divinas que emanam de todas as manifestações dessa mesma natureza.
O saudoso crítico de arte Clarival do Prado Valladares afirmava com muita propriedade que "sua paisagem construída é pintura, é uma modalidade de pintura que deixa de ser na tela para se plasmar sobre a natureza física", pois nela se verificam "os mesmos atributos composicionais que estão na ordenação plástica de seus jardins".
Se um compromisso existiu nesse grande mestre foi o de compor suas obras com valores abstratos, embora como conseqüência de um plano natural e buscando com rigor ordenar os espaços. Seu grito, em defesa da natureza ameaçada, começou recentemente a ser ouvido. Para tanto, usou de todos os meios de que dispunha.
Suas gravuras em cores impressionam, mas não podemos deixar de apreciar seus desenhos em branco-e-preto a nanquim. Conjugando o antigo e o novo, o efêmero e o durável, o multivalente Burle Marx percorre, cria ou inventa situações plásticas inovadoras.
Como uma condição inerente à arte moderna, a visão do pintor considera a relação entre espaço, cor e luz e sugere um deslocamento do observador ou do objeto.
Através da litogravura "Apipucos", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo pelo Atelier Glatt & Ymagos, de São Paulo, o artista nos transmite estruturas vegetais sobrepostas exatamente como elas se sobrepõem na natureza, construindo através do desenho uma idéia bem característica de plenitude.
O artista
Roberto Burle Marx nasceu em São Paulo, em 1909, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1994. Passou a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913 e, de 1928 a 1929, estudou pintura na Alemanha. Freqüentador assíduo do Jardim Botânico de Berlim, descobriu em suas estufas importantes exemplares da flora brasileira. Voltando ao Brasil, ingressou, em 1930, no curso de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde recebeu a Medalha de Ouro em pintura.
Em 1932, fez seu primeiro projeto paisagístico para a residência da família Schwartz, com arquitetura de Lúcio Costa e Gregory Warchavchick, passando a dedicar-se ao paisagismo, paralelamente à pintura e ao desenho. Em 1934, tornou-se diretor de Parques e Jardins do Recife.
Em 1949, adquiriu, em sociedade com seu irmão Guilherme Siegfried Marx, um sítio de 365 mil metros quadrados em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, e organizou uma grande coleção de plantas. Em 1995, doou esse sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em 1955, fundou a firma Burle Marx & Cia. Ltda., pela qual passou a elaborar projetos de paisagismo e fazer a execução e a manutenção de jardins residenciais e públicos. Desde 1965, até o seu falecimento, contou com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono, que ainda hoje dirige a empresa.
Possui obras nos mais importantes acervos particulares e oficiais nos Estados Unidos, Itália, Suíça, França, Alemanha, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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