Antes do plebiscito, uma reflexão

Entramos agora na reta final para o País decidir, no referendo de 23 de outubro, se os cidadãos de bem devem mesmo perder o direito de ter armas para se defenderem de bandidos. A proposta de proibição está no Estatuto do Desarmamento, que restringe o uso de armas de fogo somente a policiais e a poucas exceções. Até mesmo os guardas civis municipais, que colaboram no combate ao crime em inúmeras cidades paulistas, ficarão impossibilitados de utilizar armas em suas rondas.
Em nome da coerência, como jornalista, deputado estadual e cidadão brasileiro, tenho combatido o projeto de proibição de armas desde a idéia inicial, lançada ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, há quatro anos, e consolidada na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Insisto numa reflexão: não é por meio de confisco de revólveres da população pacífica que o País conseguirá reverter seu quadro atual de violência e criminalidade. As pessoas de bem poderão ficar desarmadas, caso o "sim" vença nas urnas, mas assaltantes, seqüestradores e assassinos continuarão conseguindo armamento para atacar suas vítimas com mais facilidade.
Alguns jornais noticiaram, no início de setembro, um caso ocorrido na cidade de Santos: dez revólveres e uma pistola que haviam sido entregues espontaneamente à Polícia Federal durante a campanha de recolhimento de armas em poder da população foram estranhamente apreendidos, nos últimos dias, em poder de bandidos. Como pode ter acontecido isso???
O episódio de Santos é extremamente grave. Convém lembrar que, no início deste ano, houve uma campanha demagógica, com a participação não só do governo federal como também de governos estaduais e prefeituras, além de apoio de poderosas redes de TV para que cidadãos de bem entregassem às autoridades as armas em seu poder. Havia a promessa de que, em troca dessas armas, as pessoas receberiam uma quantia em dinheiro. Pois a mentira tem perna curta: os governos não pagaram o que haviam prometido a essa gente de bem e, além de tudo, permitiram que alguns revólveres fossem desviados para o crime, como comprova a notícia procedente de Santos.
Um dos grandes jornais da cidade de São Paulo, ao relatar o caso da Baixada Santista, publicou um título inverídico: "Revólveres entregues na Campanha do Desarmamento voltam ao crime". Na verdade, o verbo "voltar" foi mal-aplicado, pois antes os revólveres não estavam no lado do crime e sim em mãos de pessoas dispostas a usá-los em defesa de sua vida e de seu patrimônio. Tais armas foram parar com bandidos porque, num determinado momento, alguém da Polícia decidiu virar parceiro de criminosos.
Segundo a lei, as armas apreendidas devem ser logo destruídas pelo Exército. Isto, aliás, é um erro: por que não fazer com que essas armas reforcem o equipamento dos policiais? Mas o pior de tudo é ver que os revólveres anteriormente lícitos escapam da destruição e ficam ao lado do mal, em poder de bandidos.
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