Os consumidores da cidade de Santos podem ter acesso a gás natural canalizado a partir de setembro de 2007. A informação oficial foi manifestada pela Comissão de Serviços Públicos de Energia do Estado (CSPE), vinculada à Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, em resposta a requerimento de informação encaminhado em maio deste ano pelo deputado Fausto Figueira, 1º secretário da Assembléia Legislativa de São Paulo.A medida anunciada acontece depois de vários contatos feitos pelo deputado com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) e o governo do estado, desde 2003, quando solicitou a instalação de uma rede de distribuição de gás natural veicular (GNV) em Santos. As cobranças também foram feitas ao secretário de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, a respeito das iniciativas que a pasta tem adotado em relação ao assunto. Apesar das promessas, até hoje, a cidade ainda não tem um único posto para a venda desse tipo de combustível.Ainda conforme as informações constantes da manifestação da CSPE, prestadas por Zevi Kann, comissário chefe do Grupo Técnico e de Concessões, o Projeto Santos (como está sendo denominado o estudo para viabilizar a implantação da rede de distribuição de gás canalizado), implementado pela Comgás, encontra-se em fase final de desenvolvimento e os estudos iniciais de mercado e engenharia, iniciados no ano passado, foram concluídos no início de 2005.As conclusões do estudo apontam que o potencial de mercado da Baixada Santista é de mais de 2 milhões de m3/mês distribuídos nos segmentos industrial, porto, residencial e comércio. Estão previstas expansões de mais de 100 quilômetros de redes de aço e polietileno. Mas, para cumprir o prazo mais otimista, 2007, são necessárias desde a confirmação de todos os estudos preliminares efetuados e a aprovação dos órgãos do governo envolvidos, até a captação dos recursos para financiar o projeto junto aos acionistas da Comgás.O estudo aventa ainda como alternativa de traçado a interligação do sistema de Cubatão à região portuária de Santos, ramificando-se para as demais regiões de grande concentração de consumidores.Quanto à oferta de gás natural veicular (GNV), a Comgás tem estudado a alternativa de atender a Baixada Santista via sistema de gás natural comprimido (GNC), com potencialidade de se ter de 4 a 5 postos de abastecimento na região em uma fase inicial.Um dos obstáculos para a chegada do gás a Santos é a ponte sobre o Rio Cubatão, sobrecarregada de dutos, obrigando o estudo de uma forma de ligar Santos ao sistema de distribuição. Enquanto a expansão da rede de distribuição não é implementada, a Comgás estuda a possibilidade de atender a reivindicação do presidente do Sindicato dos Taxistas de Santos, Luiz Antônio Sares Guerra, que atua nessa questão há muitos anos, com fornecimento do GNC. Na época, a companhia afirmava que o fornecimento poderia se iniciar em até seis meses, contados da assinatura dos respectivos contratos de fornecimento.Segundo o deputado Fausto Figueira, "é fundamental que a Comgás encontre a equação econômica que permita atender essa necessidade da população da Baixada Santista e cabe ao governo do estado, como poder concedente, atuar no sentido de exigir que esse benefício seja estendido o mais rápido possível aos proprietários de veículos, especialmente os taxistas".ffigueira@al.sp.gov.br