Distribuição de gás natural em Santos deve ocorrer a partir de 2007


12/08/2005 18:49

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Os consumidores da cidade de Santos podem ter acesso a gás natural canalizado a partir de setembro de 2007. A informação oficial foi manifestada pela Comissão de Serviços Públicos de Energia do Estado (CSPE), vinculada à Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, em resposta a requerimento de informação encaminhado em maio deste ano pelo deputado Fausto Figueira, 1º secretário da Assembléia Legislativa de São Paulo.

A medida anunciada acontece depois de vários contatos feitos pelo deputado com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) e o governo do estado, desde 2003, quando solicitou a instalação de uma rede de distribuição de gás natural veicular (GNV) em Santos. As cobranças também foram feitas ao secretário de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, a respeito das iniciativas que a pasta tem adotado em relação ao assunto. Apesar das promessas, até hoje, a cidade ainda não tem um único posto para a venda desse tipo de combustível.

Ainda conforme as informações constantes da manifestação da CSPE, prestadas por Zevi Kann, comissário chefe do Grupo Técnico e de Concessões, o Projeto Santos (como está sendo denominado o estudo para viabilizar a implantação da rede de distribuição de gás canalizado), implementado pela Comgás, encontra-se em fase final de desenvolvimento e os estudos iniciais de mercado e engenharia, iniciados no ano passado, foram concluídos no início de 2005.

As conclusões do estudo apontam que o potencial de mercado da Baixada Santista é de mais de 2 milhões de m3/mês distribuídos nos segmentos industrial, porto, residencial e comércio. Estão previstas expansões de mais de 100 quilômetros de redes de aço e polietileno. Mas, para cumprir o prazo mais otimista, 2007, são necessárias desde a confirmação de todos os estudos preliminares efetuados e a aprovação dos órgãos do governo envolvidos, até a captação dos recursos para financiar o projeto junto aos acionistas da Comgás.

O estudo aventa ainda como alternativa de traçado a interligação do sistema de Cubatão à região portuária de Santos, ramificando-se para as demais regiões de grande concentração de consumidores.

Quanto à oferta de gás natural veicular (GNV), a Comgás tem estudado a alternativa de atender a Baixada Santista via sistema de gás natural comprimido (GNC), com potencialidade de se ter de 4 a 5 postos de abastecimento na região em uma fase inicial.

Um dos obstáculos para a chegada do gás a Santos é a ponte sobre o Rio Cubatão, sobrecarregada de dutos, obrigando o estudo de uma forma de ligar Santos ao sistema de distribuição. Enquanto a expansão da rede de distribuição não é implementada, a Comgás estuda a possibilidade de atender a reivindicação do presidente do Sindicato dos Taxistas de Santos, Luiz Antônio Sares Guerra, que atua nessa questão há muitos anos, com fornecimento do GNC. Na época, a companhia afirmava que o fornecimento poderia se iniciar em até seis meses, contados da assinatura dos respectivos contratos de fornecimento.

Segundo o deputado Fausto Figueira, "é fundamental que a Comgás encontre a equação econômica que permita atender essa necessidade da população da Baixada Santista e cabe ao governo do estado, como poder concedente, atuar no sentido de exigir que esse benefício seja estendido o mais rápido possível aos proprietários de veículos, especialmente os taxistas".



ffigueira@al.sp.gov.br

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