DA REDAÇÃO A morte de nove bebês no Hospital Geral de Itaquaquecetuba, que fez com que a Secretaria da Saúde fechasse a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da instituição, foi o tema dos debates na reunião desta terça-feira, 21/10, da Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa.Sob a presidência do deputado Waldir Agnello (PSB), a crise por que passam os hospitais no Estado de São Paulo veio novamente à tona com esse último episódio. Para muitos deputados, a causa principal da crise é mesmo a falta de verbas, em especial o teto de repasse fixado pelo SUS que, se por um lado, pode inibir procedimentos mais dispendiosos, também, por outro, impede o reembolso às instituições conveniadas que ultrapassaram o limite de despesa. Esta é a opinião de Pedro Tobias (PSDB) e também de José Dilson (PDT), que afirmou que "a saúde precisa de dinheiro, não de mágica", referindo-se à redução de verbas para a área no orçamento da União para 2004.Beth Sahão (PT) propôs que membros da comissão visitem o Hospital de Itaquaquecetuba, a fim de investigar o que aconteceu. Diante da veemente defesa de Pedro Tobias à mantenedora do estabelecimeno, a entidade filantrópica Santa Marcelina, Fausto Figueira (PT) apressou-se em defender a proposta de diligência: "Isto não significa denegrir quem quer que seja. É nossa obrigação e nosso papel investigar (o que houve no hospital)".A comissão aprovou a realização de diligências a diversos hospitais em crise, inclusive o Hospital das Clínicas da Unicamp, objeto de relatório encaminhado pelo deputado Sebastião Arcanjo (PT).Lanche mais saudável na escolaNa reunião da Comissão de Educação, presidida pelo deputado Carlinhos Almeida, foi aprovado, nesta terça-feira, 21/10, parecer favorável ao PL 292/2003, do deputado Milton Vieira (PSL), que proíbe a comercialização de alimentos de alto teor calórico nas cantinas escolares. Além disso, a comissão vai requerer ao secretário estadual de Educação informações sobre o transporte de alunos matriculados nas escolas da rede estadual.