A geometria abstrata de Leo Natale, marcada por emoção, criatividade e cromatismo

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
14/04/2009 09:03

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Leo Natale<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/Leo Natale.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Diversos artistas latino-americanos de gerações recentes têm explorado na pintura, no final do ultimo milênio, uma série de códigos formais da geometria, trabalhando-os em direções novas, e apresentado suas criações separadamente dos que não abandonaram seus interesses plásticos orientados no campo da geometria e do construtivismo tradicional.

O brasileiro Leo Natale utiliza uma espécie de geometria abstrata que não se preocupa com o rigor das linhas, realizando uma obra interessante tanto do ponto de vista da sensibilidade cromática quanto da textura.

Demonstrando um bom domínio sobre o espaço construtivo, ele exerce uma posição pessoal frente à abstração significativa, traçando com liberdade suas linhas. A singularidade do artista está na medida em que a cor invade os espaços criados.

Partindo das propostas consignadas pela geometria na história da arte, através das idéias lançadas por Pietr Mondrian e Malevitch, as pesquisas e explorações do artista no campo do cromatismo se constituem em mutações significativas. Os efeitos das luzes e das sombras aclaram a superfície e dão um sentido de realidade ao significado conceitual do artista.

Na obra Sem título, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Leo Natale rompe com o conhecido tradicionalismo geométrico e faz notar o seu apreço pela luz, não podendo, por isso, ser classificado de frio e cerebral, mas emocional e criativo.



O artista

Leo Natale, ou Leonardo Natale, nasceu em São Paulo, em 1965. Formou-se pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo em l983, com bacharelado em pintura.

Frequentou cursos livres de desenho na Pinacoteca de São Paulo, Atelier Livre de Pintura Têmpera e Gravura no Museu Lasar Segall, pintura com técnica em textura com Paulo Calazans. Paralelamente às atividades artísticas, exerce as funções de professor de desenho, pintura e gravura em São Paulo desde l985.

Participou desde 1983 de diversas exposições coletivas e individuais, destacando-se entre elas: Faculdade de Belas Artes, SP; Espaço Cultural do Sesc de Campinas, SP; Centro Cultural São Paulo; Clube Português, SP e Espaço Cultural da Faculdade Marcelo Tupinambá.

Desde l995 participa ainda de um projeto em conjunto com o artista Virgilio Cuninghart Bazan, tendo se apresentado em diversas mostras na Biblioteca do Ipiranga, SP; Clube Ipê, SP; Câmara Municipal de São Paulo.

Possui obras em acervos oficiais e particulares, com destaque na Galeria Santos e notadamente no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp