20 anos da Constitunte Estadual de 1989 - Getulio Hanashiro: a nova dimensão dos municípios


19/10/2009 17:05

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Getulio Hanashiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/Getulio Hanashiro (6)Mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Quais foram suas prioridades como deputado constituinte em 1989?



Eu tinha acabado de deixar a Secretaria dos Transportes Metropolitanos e o meu partido político me indicou para participar da Comissão dos Municípios e Região Metropolitana. Foi exatamente a esta comissão que eu dediquei grande parte da minha atividade como deputado constituinte.

A Constituição de 1988 colocou o município como um ente do pacto federativo e deu-lhe uma nova dimensão. Esse fato é de importância fundamental, uma vez que as atividades básicas do homem e do cidadão se dão no município. Consequentemente, essa deliberação gerou uma expectativa grande do ponto de vista da criação de novas unidades no universo político e, sobretudo, da oportunidade de participação dos municípios dentro do pacto federativo.

A questão regional da coordenação das atividades de municípios de uma mesma Região Metropolitana, grandes conglomerados urbanos que tem muitas atividades em comum, também mereceu da comissão um tratamento especial. Foi-lhe dada uma nova dimensão, mais moderna do ponto de vista administrativo.



Qual o significado da Constituinte?



As constituintes, tanto a federal como a estadual, marcaram realmente um novo episódio na vida política deste país. Estávamos saindo da ditadura. Estávamos num processo de redemocratização, e uma nova Constituição foi a culminância de todo esse processo que envolveu a nova condição de cidadania de todos os brasileiros.

Entramos numa nova era do ponto de vista da atividade política do país, do desenvolvimento e, sobretudo, da consolidação da democracia, através da aprovação das constituintes. O país entrou em uma nova era democrática, que imprimiu ao Estado brasileiro mais agilidade e modernidade. E, principalmente, legou-lhe a capacidade de encarar o processo de desenvolvimento como uma meta a ser alcançada pelo país, para que possa trazer benefício e progresso para toda a população.



Como senhor avalia a sua participação na Constituinte?



Aquele momento foi muito emocionante. Foi a culminação de um processo político. Eu acabava de deixar uma área extremamente importante do Executivo, a dos Negócios Metropolitanos. E a discussão da qual participei na Constituinte envolvia a questão dos transportes e do meio ambiente. Sinto-me parte integrante do processo que definiu a cidadania da forma que sonhava quando adolescente, na época em que iniciei minha participação no processo político, sobretudo nas atividades estudantis.



*Fonte: texto elaborado pela Divisão de Imprensa com base em entrevista concedida à TV Alesp.

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