O objetivo de Huang Weng Mei-o: interpretar a felicidade de viver

Emanuel von Lauenstein Massarani
23/10/2002 16:31

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Huang Weng Mei-o adotou no Brasil o pseudônimo Pettia, pinta animada por um sentimento de sincero amor pelo mundo. Um sentimento forte e puro, quase de natureza religiosa. Com extremo pudor, ela procura falar a si mesma e aos outros. Deseja transmitir o que ela mesmo vivencia, o que sente de sua feliz interpretação da vida, de maneira clara e direta, através de imagens realistas.

Tudo que a cerca, desde a grande árvore à pequena folha, dos pássaros aos frutos, repletos de beleza, cheios de fantasia e de mistério, com suas luzes e sombras, no seu desenho reúne fragmentos do nosso universo.

Pettia não pertence àquela classe de pintores que busca longe a temática de seus quadros, nem daqueles que estão em contínua procura de novidades, pois encontra tudo que necessita para se exprimir até mesmo dentro de casa, ou no perímetro do seu jardim.

Acreditando firmemente no que faz, somente cria o que constitui para ela elemento de vida. Dialogando com suas flores, com suas plantas, seus animais e pássaros, envolve suas obras num profundo sentimento poético para oferece-las aos admiradores da natureza, com sua humildade tipicamente oriental. Assim é a obra "Pássaros e Maçãs" doada pela artista ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho.

Sob uma aparente simplicidade, sua obra é fruto de uma séria disciplina profissional e de uma rigorosa pesquisa cromática, embora mantendo-se distante de todo excesso pictórico, para colher, entretanto, a essência da imagem.

Sua pintura é toda interior. É feita de emoções que a artista sinceramente manifesta frente às coisas mais simples e humildes do Criador. Mesmo encontrando a sua origem e seu mundo poético nas coisas mais modestas, o canto que delas ecoa é límpido como a água do riacho ou aquela da nascente.

A Artista

Huang Weng Mei-o, que assina artisticamente Pettia em suas obras, nasceu em Taipei (Taiwan), em 1955. Formou-se pela Faculdade de Artes Plásticas de Taiwan e a seguir transferiu-se para o Brasil.

Integrou-se à Associação de Artistas Plásticos Chineses no Brasil, onde exerce também as funções de conselheira. Criou um atelier de pintura, onde, como professora, ensina composição e técnica.

Desde 1996, participa de exposições coletivas e individuais, destacando-se a do Salão Verde Ana Rosa, onde obteve Medalha de Prata (1996); Clube Ipiranga (1998); Exposição Toyota de Artes Plásticas (1999); Consulado de Taiwan, São Paulo (2000); Associação de Artistas Plásticos Chineses no Brasil (2000, 2001 e 2002); e Espaço Cultural Itaú (2001).

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