Os membros da CPI que investiga irregularidades em contratos realizados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) aprovaram em reunião nesta terça-feira, 23/6, requerimento que solicita ao Ministério Público cópias dos autos do processo em que aparecem como réus Sergio Pinardi, ex-prefeito de Pirapozinho, e outros suspeitos de terem participado de fraude em licitação para construção dos empreendimentos Pirapozinho D, E e E2. O deputado Enio Tatto (PT) voltou a apresentar requerimento para que a comissão reúna e disponibilize documentação apresentada em 2000 à Comissão de Serviços e Obras Públicas por Lázaro Piunti, vice-presidente da CDHU na época, que denunciou irregularidades em contratos firmados pela companhia. O presidente da CPI, deputado José Augusto (PSDB), disse que o requerimento apresentado por Tatto já havia sido discutido e que foi matéria vencida na reunião anterior da comissão. Deputados da base governista e da oposição não chegaram a um acordo sobre o escopo da CPI. Para os primeiros, as investigações devem se ater ao fato que, segundo eles, foi objeto da denúncia que motivou o pedido da CPI: o caso de Pirapozinho. Já os deputados petistas Enio Tatto e Antonio Mentor entendem que o as investigações devem abarcar outros indícios de irregularidades em contratos e licitações apontados pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público, no período de 1995 a 2007. O deputado Edmir Chedid (DEM) disse que a CPI poderia prestar uma boa contribuição ao setor habitacional se conseguisse apurar quais são os empreendimentos da CDHU que, hoje, se encontram paralisados. Ele se comprometeu a formular oficio para a Secretaria Estadual da Habitação solicitando informações sobre a situação de conjuntos habitacionais de diversas cidades do Estado. "Vamos solicitar essas informações à companhia. Esta CPI poderá, assim, auxiliar a encontrar um caminho para que esses empreendimentos sejam concluídos", disse o parlamentar.