Sonho e realidade se alternam nas obras de Satie Kawaguchi

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
13/03/2007 17:13

Compartilhar:

Satie Kawaguchi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Satie Kawagushi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Floral<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Satie Kawagushi - Floral 1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A assimilação da estampa japonesa pela arte moderna constitui um fenômeno de civilização tão rico que o resultado dessa osmose influenciou por sua vez as artes no Japão e dos artistas descendentes. Essa interação se deu de modo tão duradouro que permanece verdadeira em nossos dias em várias partes do mundo. Ela é tão profunda que determina o grafismo das obras e sua paginação assim como impregna seus temas.

Sob a influência oriental, a natureza é atualmente observada com extremo cuidado, pois a preocupação do detalhe " onipresente nas antigas estampas " se generaliza, a ponto de o infinitamente minúsculo se tornar fonte de inspiração e todos os detalhes serem atingidos.

Sonho e realidade se alternam continuadamente nas obras de Satie Kawaguchi. A artista deseja exprimir o que sente no mais profundo de sua alma, enquanto o real como o sonhado são, sob o mesmo prisma, componentes de uma mesma entidade.

Estranha a teorias, sua poesia é sincera, equilibrada com um cromatismo que se move através de uma robusta e convincente matéria, segura nas suas ricas vibrações e suave nas modulações mais difíceis.

Traduzindo sua fé profunda, Satie inclui, deliberadamente, em suas composições, o recolhimento que delas emana. Ao revelar uma intensa vida interior, sua arte está impregnada com uma força serena e tranqüila.

A obra Floral, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, não é fruto mental, mas criação artística resultado de empenho e aplicação que não requer qualquer esforço para admirar e compreender.

A artista

Satie Kawaguchi nasceu em São Paulo em 1939. Cursou artes plásticas na Associação Paulista de Belas Artes e participou de cursos de aperfeiçoamento no Japão e no Canadá. Exerce atualmente suas atividades artísticas em paralelo à de professora de pintura e está catalogada no livro de Artes Plásticas Brasil, de Júlio Lousada.

Foi membro do júri no XIV Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, MG, na Noite de Gala Artes Plásticas, Galeria de Arte E. Nascimento; no XV Salão de Belas Artes do Colégio Arquidiocesano; e na Sala Abril/90 de Belas Artes, Prefeitura de Franca, SP (1989, 1991, 1993, 1999, 2000, 2002).

A partir de 1973 participou de inúmeras exposições individuais, coletivas e em salões de arte, onde obteve menções honrosas e medalhas de bronze, de prata e de ouro. Entre esses eventos, destacam-se: I Salão Nacional de Artes Plásticas de Marinha, São Paulo; I Salão Salgado Filho, São Paulo (1982, 1983); II Salão Nacional de Artes Plásticas Jean Batista Debret, São Paulo (1983); III Salão Acadêmico de Belas Artes de Campinas, SP; II Salão Prêmio Paleta de Ouro de Artes Plásticas, São Paulo; Instituto Nacional de Cultura, Cuzco, Peru (1986); Galeria Rubayat, São Paulo; II Salão Nacional de Artes Plásticas, São Paulo; I Salão Nacional de Artes Plásticas Fábio Fhebo, São Paulo (1987); Exposição Individual no Club Homs, São Paulo (1991, 1994); Galeria Livorno, Itália (1992); e Banco Francês e Brasileiro, São Paulo (1997).

Possui obras em diversas coleções particulares e acervos oficiais, bem como no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp