A dimensão humana e a natureza nordestina da pintura de Anna Guerra

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
31/07/2006 16:10

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A pintura, mesmo aquela que provém dos modismos do tempo, se ressente do passar dos anos e é condicionada às mutações pessoais e à vida do pintor. Mas é sobretudo condicionada à carga que o artista possui e à necessidade de transmiti-la sempre de uma maneira nova e diversa.

Anna Guerra é uma artista que não se impõe outros limites se não aqueles que os da própria sensibilidade e os da própria coragem lhe ditam. Usando técnicas tradicionais com espírito moderno, ela cria perspectivas e soluções diversas.

O equilíbrio da densidade cromática na obra da artista encontra a mais completa resposta na precisão, na validade do desenho e, em particular, na força de suas figuras. Suas pesquisas não constituem jogos casuais, mas uma análise sobre si mesma e do ambiente em que vive.

Exatamente ao acentuar um elemento que no seu conto atinge a imaginação e a receptividade do observador, Anna Guerra nos transmite sua emotividade expressiva e onírica. Fascinada pelos temas de seu Nordeste natal, ela pinta cenas folclóricas ou de rua onde o ser humano é o centro do tema.

Na obra "A Casa das Três Meninas", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o próprio desenho tece e conclui a substância formal da imagem. Nos quadros de Anna Guerra deve-se dar relevo à natureza vibrante de seu cromatismo e à precisa medida de timbre. A cor, portanto, não é um aparato determinado pela emoção interior, mas sobretudo uma conotação da dimensão humana e da natureza nordestina da pintura.

A artista

Anna Guerra nasceu no Recife em 1970. Criada no seio de uma família de artistas plásticos e poetas, pinta desde os 10 anos de idade. Formou-se em arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco, mas dedica-se profissionalmente à pintura desde 1995.

Entre as diversas exposições individuais e coletivas de que participou, destacam-se: "Arte em Toda Parte", Olinda, PE (2003, 2004 e 2005); "Arte & Companhia", Recife, PE; "Nordestinados", Paço da Alfândega, Recife, PE; "Recife: Os Mistérios da Rua Nova", Recife, PE; "Consulte", São Paulo, SP (2005); "Light Design", Recife, PE; Galeria Spazio Surreale, São Paulo, SP; e Espaço Portinari, Assembléia Legislativa de São Paulo, SP (2006).

Possui obras em diversas coleções particulares, no Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp