Frente defende as vítimas do Barão de Mauá


20/04/2010 19:38

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Vítimas do condomínio Barão de Mauá no lançamento da frente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2010/BARAOMAUAPublMMY_2217.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lançamento da Frente Parlamentar em prol dos Moradores do Condomínio Barão de Mauá, idealizada pela deputada Vanessa Damo (ao centro) <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2010/BARAOMAUAMesaMMY_2211.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Moradores reclamam que as emanações continuam e põem em risco as 1.760 famílias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2010/BARAOMAUArenomeadaMMY_2203.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Há dez anos, em 2000, um incêndio provocado por gás metano na caixa d"água resultou em uma pessoa morta e outra gravemente ferida no condomínio Barão de Mauá, no município de Mauá, na Grande São Paulo. O gás metano emana do solo em que os prédios residenciais foram erguidos, num terreno que era depósito irregular de lixo industrial. Moradores reclamam que as emanações continuam e põem em risco as 1.760 famílias. Além disso, há entre os moradores do condomínio vários casos de doenças crônicas associadas à exposição a produtos químicos.

Em defesa dos direitos dos moradores, foi lançada nesta terça-feira, 20/4, a Frente Parlamentar em prol dos Moradores do Condomínio Barão de Mauá, idealizada pela deputada Vanessa Damo (PMDB).

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, Cetesb, faz medições constantes das propagações tóxicas, e a construtora instalou respiros para a saída do metano, que os condôminos consideram insuficientes para eliminar os riscos de incêndio e de danos à saúde. Os condôminos também se queixam de que as famílias das vítimas da explosão não foram indenizadas, e que as autoridades não prestam qualquer tipo de assistência.

O lançamento teve a presença do deputado Edson Giriboni (PV), de Roberto Cunha, representante da Cetesb, do advogado dos condôminos, José Luiz Corazza Moura, da síndica do condomínio, Tânia, e de diversas famílias de moradores. Vanessa Damo lamentou que, embora convidados, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, prefeitura de Mauá e Secretaria do Meio Ambiente não tenham enviado representantes.

Segundo o vídeo exibido durante a reunião, além das emanações tóxicas e do risco de explosão e incêndio, também houve contaminação do lençol freático, tornando o condomínio Barão de Mauá potencialmente perigoso para além de seus limites.

Erguido na década de 1990, em Mauá, cidade que tem um terço de seu território ocupado por indústrias metalúrgicas, químicas e petroquímicas, sobre o lixão de resíduos industriais, o condomínio tem 54 prédios habitados por cerca de 5 mil pessoas. O terreno era utilizado, segundo os moradores, para descarte clandestino de refugo de indústrias, principalmente pela Companhia Fabricante de Peças, Cofap. Chamado pelos vizinhos de Chernobil, numa alusão ao acidente na usina atômica ucraniana, em 1986, que contaminou metade dos países europeus com emanações radioativas depois de uma explosão, o local, segundo os moradores, ainda os prejudica moralmente.

alesp