Graciete Borges busca transmitir com humanismo o seu mundo interior

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/06/2006 19:25

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Colheita do Café <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/quadro graciete.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Graciete<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/FotoGraciete.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Dotada de um temperamento inato, sensível e inspirado que lhe estimula a fantasia, Graciete Borges busca, com simplicidade original, ordem, ritmo e harmonia, através de uma pintura carregada de primitivismo.

A artista individuou no informal duas componentes essenciais e mais sugestivas de uma linguagem pictórica que deseja alcançar resultados puramente poéticos: inicialmente uma analogia com os procedimentos germinativos da natureza e, em seguida, um substrato lírico que se conexa com o transformar das formas.

A sua arte se desenvolve com seqüências que irradiam a voz de quem pretende transmitir à humanidade um mundo interior onde sensibilidade, consciência e confiança se fundem numa problemática do que são os valores essenciais do ser humano, numa linguagem que decante as incomparáveis maravilhas da natureza.

Trata-se de um phatos de participação de momentos reevocadores de emoções sobre a consciência do existir entendida como o desafogo da realidade ideal e objetiva.

O mundo que Graciete pinta é o da paisagem, das colheitas e das cenas campestres, tal como o vê com suas cores, suas luzes, suas sombras, sua vida simples e seus costumes rústicos. A vida cotidiana nas fazendas e nos vilarejos que pinta com amor em seus quadros constitui uma observação afetuosa das ocupações diárias, uma pintura descritiva do trabalho de nosso homem do campo.

Os resultados são promissores e concretizam um momento decisivo de sua pesquisa, da orientação estética que emerge de uma natural disposição pelo inventivo, em direção da imagem comum independente da realidade física.

Suas obras Colheita do Café e A Caminho do Céu, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, possuem um equilíbrio de cores e de tons além de dinamismo, seja de conceito, seja de desenho. Com harmonia construtiva e criativa, a artista encontra sua inspiração e sua alegria de pintar.

A artista

Graciete, pseudônimo artístico de Graciete Ferreira Borges,

nasceu em Irecê, Bahia, em 1953. Inicialmente autodidata, foi posteriormente orientada artisticamente pelo mestre José Antônio da Silva, de quem foi companheira de 1981 até seu falecimento, em 1996.

Em 1999, com cinco ilustrações a nanquim, participou do

Concurso Tóquio, organizado pela Accu (Asia Pacific Cultural Center) For Unesco. A partir de 2003, passou a pintar com tinta a óleo sobre tela.

Em 2004, suas obras foram selecionadas para o leilão da Companhia Paulista de Leilões e para a Bienal Naïfs do Brasil, organizada pelo Sesc de Piracicaba, SP. No ano seguinte, foi convidada a realizar um ateliê aberto no Sesc de Piracicaba, participando ainda com uma exposição individual no Espaço Cultural do 1º de Maio Futebol Clube, em Santo André, SP.

Também esteve presente com suas obras nas seguintes manifestações artísticas: Gabriel Galeria de Arte, São Paulo, SP; "Brasileiros no Forte", Galeria de Arte do Forte de São Francisco, Chaves, Portugal; XX Mostra Afro-Brasileira dos Palmares, Londrina, PR; "Amigos na Arte", Memorial do Alto Tiête, Suzano, SP (2005); e Espaço Cultural da Casa de Portugal, São Paulo, SP (2006).

Possui obras em diversas coleções particulares, no Brasil e no exterior, inclusive no Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp