Presépio, árvore de Natal e Missa do Galo: tradições natalinas


22/12/2006 17:50

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<i>Presépio de 1498</i>, de Pietro Perugino, Collegio del Cambio, Perugia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-presepio.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Pinus heliotis</i>, árvore símbolo do Natal<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-arvorenatal.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Sagrada Família</i>, de Inarassam, escultura em resina e pó de mármore<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-AFamilia88.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os primeiros registros da celebração do Natal têm origem na Turquia, em meados do século 2. O Papa Júlio I, após uma pormenorizada investigação levada a efeito no ano 350, proclamou 25 de dezembro como data oficial do Natal, transformada em feriado nacional pelo imperador Justiniano em 529. Posteriormente, o período das festas natalinas foi ampliado até a epifania, ou seja, de 25 de dezembro a 6 de janeiro, que passou a ser chamado Dia dos Reis Magos.

O presépio, a árvore de Natal e a Missa do Galo constituem elementos básicos das tradições natalinas, hoje adotadas em todas as partes do mundo, independentemente da profissão religiosa.

O presépio, segundo a tradição católica, foi uma criação de São Francisco de Assis, no século 13. Desejando celebrar o Natal dentro do maior realismo possível, Francisco obteve do papa autorização para montar um presépio numa cocheira e instalar sobre a palha de uma manjedoura a imagem do menino Jesus, com um boi e um jumento vivos ao seu lado. Foi nesse ambiente que o santo celebrou a sua missa de Natal em 1223.

Quanto à árvore de Natal, sua tradição remonta ao terceiro milênio antes do nascimento de Jesus Cristo. Naquela época, vários povos praticavam cultos às árvores, por considerá-las representativas da energia e da fertilidade da mãe-natureza. Vale lembrar que, com a chegada do inverno, as folhas da maioria das árvores caíam. De modo especial, o carvalho, considerado a árvore modelo. Os povos da época que acreditavam na fuga do espírito da natureza tinham o costume de enfeitá-las como forma de atração.

Dados históricos testemunham que, a partir do século 16, surgiu na antiga Alemanha o uso da árvore de Natal como o conhecemos hoje. Entretanto, essa tradição se espalhou pelo mundo afora somente a partir do século 19. Desde então, a árvore escolhida passou a ser o pinheiro, que conserva o mesmo verde e formosura durante as quatro estações.

Por outro lado, a missa que se costuma celebrar anualmente na passagem do dia 24 para 25 de dezembro passou a ser mais conhecida como Missa do Galo. Segundo a lenda, essa denominação deve-se ao fato de que essa ave teria sido a primeira a presenciar o nascimento do menino Jesus e, com seu gorjeio, anunciar o feliz evento. A primeira notícia que se tem da realização dessa missa foi no século 4. Ela foi transformada numa celebração festiva a partir da Idade Média. Vale salientar que, até os primórdios do século 20, o nascimento do Messias era anunciado tradicionalmente à meia-noite com um repicar de sinos e a simulação do canto de um galo.

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