Autoridades prestam última homenagem ao senador Romeu Tuma

"Perco hoje um amigo, e o país, um grande brasileiro", disse o presidente do PTB, Campos Machado
27/10/2010 22:00

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Robson e Zilda Tuma <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/VelorioumarobsontumaezildatumaROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Última homenagem ao senador Romeu Tuma<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/ROB_5233.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Barros Munhoz, Aloysio Nunes e Alberto Goldman <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/VelorioTumaPresMunhozSenAloisioNunesGov GoldmanROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Velório ecumênico <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/VelorioumaatoEcumenicoROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/veloriioZED927.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Aloysio Nunes e Barros Munhoz <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/VelorioTumaSenaloisioePresMunhozROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Barros Munhoz e Aloysio Nunes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/VelorioTumaPresMunhozeSenAloisioROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Autoridades das três esferas do Poder Público, policiais, personalidades políticas, além de amigos e familiares de Romeu Tuma, prestaram, entre a noite de terça-feira e a manhã desta quarta-feira, 27/10, a última homenagem ao senador paulista, que estava internado havia 56 dias no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos.

Aos 79 anos, Tuma exercia seu segundo mandato como senador da República, tendo ingressado na vida pública em decorrência da notoriedade que ganhou em decorrência de sua atuação na área da segurança pública, principalmente no combate ao contrabando, tráfico de entorpecentes e fraudes contra a Previdência Social.

Policial desde 1951, Tuma foi investigador e delegado da Polícia Civil paulista, superintendente regional e diretor-geral da Polícia Federal, e secretário da Receita Federal. Foi também vice-presidente da Interpol (órgão internacional de cooperação entre as polícias de 181 países).



Homenagem do Parlamento paulista



Barros Munhoz, presidente da Assembleia, lamentou, em Plenário, o falecimento do senador: "É alguém que passou pela vida e soube colocar a dignidade acima dos mais difíceis e conflituosos interesses: políticos, ideológicos, partidários. E foi assim que ele granjeou a estima e admiração de toda a população de São Paulo."

Antônio Salim Curiati, deputado estadual decano da Assembleia, protocolou requerimento de pesar consignando de forma oficial a manifestação da Casa em homenagem ao senador: "O senador Tuma será lembrado por sua honradez, amor à pátria e à justiça".

Campos Machado, deputado estadual, líder do PTB: "Perco hoje um amigo, e o país, um grande brasileiro".

Sidney Beraldo, deputado estadual, ex-secretário de Gestão Pública, destacou trajetória do senador como "homem público atuante na segurança pública, e disse "lamentar muito a sua perda".

Davi Zaia, deputado estadual: "Tuma fazia política com muita seriedade e dignidade. São Paulo perde um defensor".

Chico Sardelli, deputado estadual e ex-deputado federal, recordou o trabalho que realizou com Tuma na CPMI do Mensalão: "Tinha posições firmes, às vezes contundentes. Foi um senador que prestou valiosos serviços para o Brasil e para São Paulo".

Olimpio Gomes, deputado estadual: "O Brasil perdeu um grande cidadão, policial e representante Legislativo".

Ainda externaram seus sentimentos à família do senador os deputados Edson Giriboni, Luiz Carlos Gondim, João Barbosa, Conte Lopes, Edmir Chedid, Eli Corrêa.



Homenagem a Romeu Tuma reúne 2,5 mil pessoas na Assembleia Legislativa



De acordo com estimativa feita pela Assessoria Policial Militar na Casa, cerca de 2,5 mil pessoas compareceram ao velório do senador Romeu Tuma, no Hall Monumental da Assembleia paulista para dar seu último adeus ao político. Diversas autoridades foram ouvidas pelo Diário da Assembleia para lembrar sua participação na história do país e prestar homenagem à sua memória.

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, destacou a importância de Tuma na trajetória política brasileira e lembrou que, embora estivessem em campos opostos durante o regime militar: "Tuma sempre foi calmo, distinto na maneira de tratar e disposto a cooperar".

Eduardo Suplicy, senador: "Conheço o senador Romeu Tuma desde que fui eleito deputado estadual em 1989, quando Lula e outros sindicalistas foram presos pelo Deops e eu fui até lá para saber o que estava acontecendo e me encontrei com ele. Depois também no episódio em que a mãe de Lula morreu e o presidente foi liberado para ir ao enterro (porque estava preso)".

Alberto Goldman, governador do Estado, lamentou "a perda de um senador sempre à disposição da São Paulo".

Geraldo Alckmin, governador eleito, lembrou sua convivência próxima com o senador, quando, em 2002 foi candidato a governador e Tuma a senador: "Era uma figura humana que cativava pela simplicidade. Homem de coração grande e generoso. Homem da lei que dedicou sua vida a São Paulo".

Cláudio Lembo, ex-governador: "O senador Tuma era amigo leal. Seu grande amor pelo povo e o sentido humano sempre orientaram a sua vida".

Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo: "É uma perda muito grande para São Paulo e para o Brasil pelo que ele representa como homem íntegro".

Laudo Natel, ex-governador de São Paulo: "Tuma foi delegado de polícia em um momento muito difícil da cena brasileira, atuando à frente do Deops com grande decência e eficiência". Destacou, ainda, a carreira política de Romeu Tuma, a quem considera ter sido um senador sério e atuante.

Adib Jatene, ex-secretário estadual da Saúde, amigo de Tuma por mais de cinquenta anos, afirmou que a conhecida trajetória de Tuma foi pontuada "pela cordialidade e seriedade" e que sua perda, triste, "faz parte do processo da vida".

Walter Feldman, ex-presidente da Assembleia paulista, deputado federal, lembrou de quando era dirigente estudantil ligado ao PCdoB e foi chamado por Tuma para discutir a transferência de um ato público: "Durante todo o processo de negociação, fui tratado com a mais absoluta cordialidade. Quer como policial, quer como político, Tuma foi um homem que soube compreender o seu momento histórico".

Arlindo Chinaglia, deputado federal: "No plano pessoal ele era afável e foi me visitar quando sofri um acidente, em 2006, e estava internado no Incor. Ele era capaz desses gestos harmoniosos. E creio que, ao migrar para a política, teve essa facilidade por ser uma pessoa agradável".

Michel Temer, deputado federal: "Tuma deixou um legado de ética e equilíbrio para as gerações futuras". Aproveitou a ocasião de sua homenagem pessoal ao senador para trazer um abraço da candidata à Presidência da República Dilma Roussef à família enlutada.

Antonio Delfim Neto, deputado federal, disse estar assistindo ao passamento de um grande brasileiro: "íntegro, correto e amigo, um homem que prestou um grande serviço ao Brasil".

Vanderlei Macris, deputado federal: "É importante resgatar o papel de Tuma no processo de abertura democrática. Como diretor do Deops, ele foi uma ponte entre nós [deputados] e os presos políticos, fornecendo informações sobre a localização e condições dos prisioneiros. Muitas famílias da minha região foram tranquilizadas por ele".

Gabriel Chalita, vereador e deputado federal eleito, descreveu Tuma enquanto senador como "aquele homem com uma trajetória apaixonada, porém doce, apesar de ter sido apelidado de xerife". "Ele serve de referencial para os jovens políticos".

Fábio Feldman, ex-deputado federal, lembrou os momentos de convivência no conturbado ano de 1979, quando era vice-presidente do Centro Acadêmico 11 de Agosto: "Romeu Tuma, então delegado, era gentil e correto. Os paulistas perdem um grande representante".

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo: "Homem público, experiente e bem preparado. Pai de família exemplar. Contribuiu muito para fazer do Brasil um grande país".

Alda Marco Antonio, vice-prefeita de São Paulo, disse que a ausência de Tuma "vai deixar um vazio muito grande na política e na polícia", e que "a grande obra de sua vida foi a criação de seus filhos."

Agnaldo Timóteo, vereador paulistano. Para ele, o fato que mais marcou a trajetória de Tuma foi o tratamento humano dado ao presidente Lula quando de sua detenção nas dependências do Deops.

Netinho de Paula, vereador paulistano. Segundo ele, o Brasil perde uma pessoa generosa que fazia da política sua vida pessoal.

Frank Aguiar, prefeito de São Bernardo do Campo, destacou que Tuma foi seu grande amigo pessoal, conselheiro e orientador. Apontou também "seu papel histórico na defesa de muitas vidas."

alesp