A sinfonia pictórica de Cleide Gaiotto reflete a musicalidade da "Primavera" de Vivaldi

Emanuel von Lauenstein Massarani
16/10/2003 14:00

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Cleide Gaiotto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Cleide Gaioto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Ao redor do Mube<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Gaioto 1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Da janela<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Gaioto 2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O que mais surpreende na pintura de Cleide Gaiotto é a cor que se desprende de sua palheta, com surpreendentes vibrações tonais, e uma poesia que a própria cor emana, revelando de imediato um conjunto de novas sensações.

Rica de verdes e azuis, de violetas, amarelos e ocres distribuídos com rápidas e precisas pinceladas sobre a tela, temos o significado mais eloqüente de uma pintura feita de sentimento e de amor.

Trata-se de uma linguagem poética e de uma forma de se aproximar do observador com imediata comunicabilidade, a ponto de nele despertar palpitações de comovida ternura. São obras ricas de luzes, de dosada profundidade, de humana e sentida expressão pictórica, repleta de um clima que responde plenamente ao seu sensível lirismo cromático.

O desejo dessa pintora é o de encontrar e reencontrar na realidade das imagens de nossa terra sempre novas sensações, novos motivos, bem como a imediata espontaneidade do dado formal.

Longe do formalismo maneirístico, estranha ao jogo dos academicismos, Cleide Gaiotto possui a alma simples dos pintores mais genuínos. Elabora com o pincel e a fantasia uma verdadeira sinfonia pictórica que dialoga e transmite, guiando-a na seqüência de suas obras.

As obras Ao redor do Mube e Da janela de minha escola, doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, refletem musicalidade intensa muito próxima dos tons da "Primavera" de Vivaldi.

A artista

Cleide Gaiotto - nome artístico de Cleide Maria Gaiotto Madureira - nasceu em 1952, na cidade de Cerquilho, SP. Formou-se em línguas anglo-germânicas pela PUC de Campinas, pedagogia pela Faculdade de Botucatu e supervisão escolar pela Faculdade de Educação de Assis. Educadora há 21 anos em diversas escolas estaduais do interior e da capital, ministra atualmente aulas de português, inglês e literatura na Escola Estadual Professor Antônio Alves Cruz .

É orientadora de alunos premiados nos diversos concursos de conto e poesia na Semana Cornélio Pires, em Tietê. Realizou vários cursos de museologia, folclore e artesanato, além de pintura acadêmica com a professora Alice, do Colégio Santa Catarina (1998 a 1999) e pintura contemporânea, sob a orientação de Noêmia Nunes, no Mube (2000 a 2003).

Participou de diversas exposições individuais em Piracicaba, Tietê e São Paulo e da mostra coletiva realizada no Museu Brasileiro de Escultura (2002). Realizou visitas de estudos e contatos com os principais museus de 12 capitais européias.

Foi revisora do livro Amores que se encontram, do escritor e poeta Euclides Camargo Madeira, e é membro da Academia Cultural e Artística de Tietê, bem como do corpo de jurados de diversos concursos de conto e poesia nas cidades de Cerquilho e Tietê.

alesp