Vizinhos do aterro São João vêm à Assembléia contra ampliação do local


04/10/2007 17:19

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Milton Nunes de Brito, Donisete Braga, José Manuel de Lima, Tiãozinho e José Cabral<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DONISETE MAUA 896 ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Um grupo de moradores da cidade de Mauá esteve nesta quarta-feira, 3/10, na Assembléia Legislativa com o 1° secretário da Casa, Donisete Braga (PT), para buscar apoio dos deputados contra a ampliação do aterro São João, em Sapopemba, na Zona Leste da Capital. Os moradores, vizinhos do que chamam de "lixão a céu aberto", dizem que o contrato de exploração do local vence neste mês de outubro e que a empresa responsável - EcoUrbis " pretende ampliar o aterro em direção a uma área de proteção aos mananciais.

"A ampliação será feita em área de mata nativa próxima à nascente do rio Aricanduva", revela Sebastião Marcial Sobrinho, o Tiãozinho, porta-voz do grupo e morador do Jardim Zaíra. Ele informa que, nos dois últimos dias, enviaram correspondência ao Ministério Público de Mauá, à Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal pedindo providências contra a ampliação do aterro. No mesmo documento, pediram averiguação do acidente ocorrido em 13/8, quando um deslizamento de 25 toneladas de lixo e terra rompeu a tubulação de gás metano, que espalhou forte cheiro no raio de 10 quilômetros, atingindo milhares de pessoas e fazendo com que as aulas das escolas do entorno fossem suspensas.

Tiãozinho disse que não ocorreu a audiência pública prevista para a cidade de Mauá para debater os impactos ambientais e para a saúde da população vizinha ao aterro. "Nos preocupa ainda a passagem ao lado do aterro da rede de água da Sabesp, que serve a vários municípios, e a tubulação da Petrobrás que passa na área do lixão. Isso forma um conjunto de riscos para os moradores das proximidades", acrescentou. Lamentou, por fim, que a Prefeitura de Mauá não elaborou um plano de atenção à saúde quando ocorreu o acidente em agosto e que não responde aos pedidos de informações encaminhados pelos moradores ou via Câmara Municipal.

Donisete Braga informou que foi várias vezes ao local em apoio à luta dos moradores pelo fim das atividades do aterro. Na última delas, em 12/9, participou da manifestação no Jardim Feital, justamente o último bairro de Mauá, no limite com a Zona Leste. "Pude constatar o forte mau cheiro exalado pelo aterro", disse. Lembrou que em 13/9 enviou requerimento deI informações ao secretário estadual do Meio Ambiente, Francisco Graziano Neto, e ao presidente da Cetesb, Fernando Rei, sobre o deslizamento, quais as providências adotadas após o acidente, se penalidades foram aplicadas e se havia fiscalização e monitoramento, entre outros questionamentos.

O deputado disse que já tratou do problema com o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alesp, Feliciano Filho (PV). Convidou o grupo de moradores a exporem a situação na próxima reunião da comissão, dia 10/10, para obter o apoio dos demais deputados. "Como morador da cidade de Mauá estou sensibilizado com o drama dos moradores do Jardim Zaíra, o maior da cidade, com 60 mil habitantes, Jardim Feital, Vila Guarani, Jardim Santista, Jardim Luzitano e outros", frisou.

dpbraga@al.sp.gov.br

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