Materializando fragmentos de seus sonhos, Chico Penteado cria esculturas intrigantes

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
11/10/2007 09:01

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Chico Penteado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Chico Penteado.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Atlante V</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Chico Penteado Atlantis V 171103.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Prashant I</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Chico Penteado PashiantI.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"O mundo da surpresa, do terror e da contestação forneceu à escultura da segunda metade do século XX seus fantasmas e seus monstros", afirma A. M. Hammaches ao escrever sobre a escultura moderna. "São os abstracionistas que continuaram a desenvolver a qualidade estrutural da escultura, tanto numa interpretação orgânica da forma originária da natureza, quanto nas estruturas geométricas que a desafiam."

Chico Penteado é um jovem capaz e inteligente e sua arte deseja ser um discurso novo, não de todo compreensível, todavia válido e eficaz. O artista é capaz de surpreender a todos pelas suas intuições de sonhador, e com o seu amadurecimento artístico o seu discurso se tornou ainda mais incisivo e, portanto, mais compreensível.

Resultado de seu poder criador, a fusão das artes para esse artista consiste em um livre amálgama da cor, da linha, dos materiais e das formas.

Suas esculturas em cerâmica, pintadas com tintas automotivas, têm como base uma cuidadosa pesquisa e exprimem um estado de espírito que consegue captar a dimensão em que vivem o ser humano e os seres inanimados.

Para entender a obra desse artista, necessitamos descobrir também suas crenças, seus sonhos, e entender suas exigências espirituais e psicológicas, mesmo se inusitadas.

Segundo o artista plástico Siegbert Franklin, o ceramista escultor "mostra algo que parecem maquetes de prédios bizarros de uma civilização extratemporal". E se pergunta: "Barrocos? Orgânicos? Bizarros?". A resposta a esse questionamento é fácil: pessoais e, sobretudo, sem influências determináveis.

Através das esculturas em cerâmica "Atlante V" e "Prashant I", doadas ao Museu de arte do Parlamento de São Paulo, Chico Penteado se orienta, materializando fragmentos de figuras ou imagens de seus sonhos, com um excesso de imaginação, em direção a uma forma escultural que atrai e intriga visualmente.

O artista

Chico Penteado, pseudônimo artístico de Francisco José Penteado dos Santos, nasceu em 1967, em São Paulo. Realizou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo cursos de cerâmica geral, com o professor Marcio Nogueira, e esmalte em cerâmica, com o professor Guido Mazzetti. Formou-se em arquitetura pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo em 1990.

De 1992 a 1997, viveu em Amsterdã, na Holanda, onde cursou, nos anos 1994 e 1995, a Academia de Artes Plásticas de Amsterdã, denominada Gerrit RietveldKunstAkademie.

Participou de diversas exposições, destacando-se, entre elas: "Terceiro Contempoarte", no Museu da Imagem e do Som, SP (1988); "O Signo Expressivo em Cerâmica", Funarte (1989); "Arte Koguei", Salão Bunkyo, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (1990); Galeria de Arte Paulo Prado (2002); 31º e 32º Salão Bunkyo de Arte Contemporânea (2002 e 2003); 28º Salão de Arte de Ribeirão Preto - SARP; "Uma Ponte sobre o Tempo", Sesc São Carlos e Mostra e Happening com representações do Brasil, Alemanha, Inglaterra, França e Portugal.

Suas obras fazem parte de inúmeras coleções públicas e particulares e do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp