Região de Osasco ressalta a falta de saneamento básico

Audiência Pública em Osasco - TEXTO FINAL
21/10/2005 18:20

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Osasco2 001.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Ênio Tatto (ao fundo)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CorretasOsasco2 010.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Câmara Municipal de Osasco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Osasco 001.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ao abrir a audiência pública sobre o orçamento para 2006 na Câmara Municipal deOsasco, o vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Enio Tatto (PT), afirmou que a única forma de a população participar como um todo é o deslocamento dos deputados até as diferentes regiões do Estado.

Segundo Tatto, até pouco tempo, os municípios pequenos não tinham voz no Legislativo, sendo que as soluções para o desenvolvimento estão na regionalização do orçamento.

Também participam da reunião o relator do orçamento, Edmir Chedid (PFL), o presidente da Câmara local, José Barbosa Coelho, e o presidente da Câmara de Jandira, Roberto Rodrigues.

Coelho falou sobre a experiência de Osasco com o orçamento participativo e disse que a cidade tem os mesmos problemas da capital. "Tudo o que for feito para a capital deve ser estendido a Osasco."

Os vereadores de Osasco enumeraram as dificuldades da cidade. Mário Luiz Guide reclamou da falta de saneamento básico, enquanto três coletores-troncos estão sem uso na cidade. "Na vizinha Barueri há uma estação de tratamento e os coletores poderiam ser ligados a ela". Guide sugeriu a instalação de quatro bases comunitárias da PM em Osasco e a reforma de escolas estaduais.

Seu colega Osvaldo Vergínio pediu mais moradias populares e a construção de sedes para as delegacias e batalhões de polícia. Também pleiteou uma unidade da Fatec e mais verbas para o hospital regional.

Também vereador, Marcos Martins quer mais segurança nas escolas e extensão da linha do metrô até Osasco. Ele apontou os problemas da poluição ambiental e da deficiência nos serviços da Sabesp.

Já o seu colega Rubens Bastos reivindicou a extensão do metrô, o devido tratamento de esgoto " não apenas o afastamento - e a compensação financeira pelo impacto ambiental do Rodoanel.

O funcionário da Câmara, José Alves Fontes, encaminhou as reivindicações do vereador José Amando. Entre os pedidos estão a ampliação da calha do Tietê na região, o combate à poluição ambiental, a conclusão de obras acessórias do Rodoanel e mais moradias populares.

Comunidade local

Moradores de Osasco e cidades próximas participaram da audiência pública dando várias sugestões ao orçamento para 2006. Representante da Associação do Bairro dos Remédios, Tinha de Ferreira pediu que o governo desista da instalação de unidade da Febem em Osasco. Solicitou também uma Fatec para a cidade.

O técnico do DAEE, Delcides Regatielli, coordenador do programa de combate às enchentes, pediu a realização de obras de contenção no Ribeirão Vermelho e no córrego Tijuco Preto. "A cidade de Osasco tem 38% de sua área com risco de enchentes", destacou.

Alberto Lucci quer a amplexo do fórum de Osasco. Já a reivindicação de José Eduardo Silva foi a construção de uma transposição da avenida Mutinga no km15 da Rodovia Anhanguera. A avenida é uma importante ligação entre os bairros de Pirituba e Jaraguá, entre outros.

Solicitações para Carapicuíba foram apresentadas por Carlos Eduardo Campos. Mais moradias para população de baixa renda, atendimento oftalmológico no Hospital de Carapicuíba, albergue para sem tetos, unidade do Poupatempo foram alguns dos pedidos.

Darci Ribeiro, de Osasco, propôs a construção de mais uma saída no Rodoanel, próxima ao Conjunto dos Metalúrgicos, e a reforma de escolas estaduais. Outro cidadão de Osasco, Messias Araújo, sugeriu maior investimento no atendimento de adolescentes.

O presidente da Câmara de Jandira, Roberto Rodrigues, focou suas solicitações na canalização de córrego de sua cidade, na construção da sede do fórum, na instalação de uma faculdade pública e no anel viário para o desvio do tráfego da Rodovia Castelo Branco.

Cidadão de Pirapora, João Brito afirmou que sua cidade sofre com a falta de saneamento.Ele ressaltou a necessidade da despoluição do Rio Tiete, cuja degradação ambiental tem prejudicado muito a região, com as espumas e o mau cheiro. O assunto foi reforçado pelo vereador de Jandira, Altamir da Silva, que também pediu a ativação da Estação de Tratamento de Barueri, com a construção dos coletores.

Encerramento

Segundo o relator do orçamento, Edmir Chedid, o projeto do Executivo é muito genérico. Ele aborda programas e ações, sem especificar quais regiões vão receber os investimentos.

Para Chedid, a falta de planejamento atinge todo o Estado. "Dezenas de microônibus da Secretaria da Educação encontram-se parados sem destinação. A explicação do secretário Gabriel Chalita é que os veículos serão encaminhados aos municípios numa futura oportunidade, quando for necessário." Enquanto isso, complementou o deputado, continuam enferrujando no pátio.

"A violência nas escolas estaduais é alta. Morrem mais estudantes do que jovens infratores durante rebeliões na Febem", disse Chedid, esperando que o secretário "acorde".

Esse problema e a expansão de cursos técnicos preocupam o deputado. Ele afirmou que quer tentar garantir recursos no orçamento para esses segmentos. O relator afirmou que o governo está tentando, na prática, municipalizar os presídios e a Febem. Chedid informou que durante as audiências públicas realizadas no interior do Estado tomou conhecimento de que dezenas de cidades receberam penitenciárias sem que o efetivo policial tenha sido aumentado.

Cada vez mais, as prefeituras assumem despesas do Estado, como a compra de material para a segurança pública ou para o Judiciário. "Assim, no próximo ano, deveremos regionalizar o custeio do Estado, para determinar onde e como os recursos serão gastos, na procura de corrigir alguns procedimentos."

Sobre o problema da falta de saneamento e da poluição ambiental, o deputado lembrou que a Sabesp tem obrigações a cumprir, mas não tem feito seu trabalho com competência, por conta do superfaturamento de obras. "A Justiça considerou ilegais 200 contratos da empresa."

alesp