Instituto do Legislativo Paulista promove curso de Cerimonial


18/09/2006 18:20

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Carlos Takahashi, ex-diretor do Serviço de Cerimonial da Assembléia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Curso Cerimonial Carlos Takahashi-mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com o objetivo de preparar pessoas interessadas em aprender procedimentos de cerimonial, o Instituto do Legislativo Paulista (ILP), centro de estudos, capacitação e políticas públicas da Assembléia, está realizando um curso sobre o tema. O público-alvo são os responsáveis pela promoção de eventos em órgãos públicos.

Quem está ministrando o curso é Carlos Takahashi, ex-diretor do Serviço de Cerimonial da Assembléia. Segundo Takahashi, o evento, que começou no dia 18, segunda-feira, e vai até o dia 20, quarta-feita, foi programado para abordar diversos assuntos. Eles vão do conceito de cerimonial, passando por protocolo e precedência (ordem hierárquica de disposição das autoridades num evento), cerimonial público e realização de eventos, até noções de etiqueta e símbolos nacionais.

Takahashi destaca que o cerimonial é mais que uma disciplina. "É uma arte que tem filosofia própria e é constituída de normas de conduta desenvolvidas através dos tempos. É praticado desde os primórdios da civilização e passa por variações culturais, temporais e dos eventos que rege", ele explica.

Na apostila elaborada para os alunos do curso, Takahashi escreve que "os cerimoniais sempre se revestiram de grande importância para povos e governos, inclusive nos campos religioso e militar". Essa importância, explica o autor do documento, fica mais clara quando se lê no Manual Prático de Protocolo, de Jean Serre (1960), que "o cerimonial cria o quadro e a atmosfera nos quais as relações pacíficas dos Estados soberanos devem realizar-se".

Há informações de que o cerimonial já era praticado na China no século 12 a.C. e baseava-se na formação do indivíduo, cujo sentido era enaltecer o respeito mútuo, a consideração pelo outro e o respeito pela hierarquia. No Egito, o cerimonial confundia-se com ritos religiosos (1279 a.C.), uma vez que o faraó, supremo mandatário, era a manifestação da divindade. Nas civilizações grega e romana, esteve ligado às crenças vigentes na época. Na Idade Média, caracterizava-se pela ostentação nas cortes mais influentes da época.

Na Conferência de Viena (1815), foram estabelecidas regras do protocolo internacional, reconhecido como universal, embora cada país tenha ficado livre para instituir suas próprias regras de cerimonial, respeitadas as precedências estabelecidas na lei e nos costumes internacionais.

No Brasil, o assunto foi tratado pela primeira vez em 1918, quando o Cerimonial da Presidência da República editou um manual contendo práticas e disposições sobre cerimonial e precedência.

Para atender à grande demanda gerada pelos mais de 200 inscritos na primeira chamada, o curso deverá se repetir para novos grupos (mais informações podem ser obtidas no site www.al.sp.gov.br, acessando "ILP" no item "A Assembléia").

alesp