Lançada Revista Educação e Cidadania com presença de educadores


03/11/2009 20:00

Compartilhar:

Roberto Felício, José Maria Conceliero, Maria Lúcia Prandi, Maria Cecília Sarno, Maria Isabel Noronha, Mara Jacomeli, José Lombardi e Cesar Minto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/reveducacaomesaROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Roberto Felício e José Maria Conceliero<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/reveducacaofelicioejoseconceliero22ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Maria Lúcia Prandi e Maria Cecília Sarno<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/reveducacaoprandi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por solicitação da deputada Maria Lúcia Prandi (PT), foi realizado nesta terça-feira, 3/11, o lançamento da Revista Educação e Cidadania, editada pelo conjunto de entidades de classe do Magistério Público Estadual de São Paulo.

Estiveram presentes o deputado Roberto Felício (PT) e representantes do Sindicato de Supervisores do Ensino Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Apase), do Centro do Professorado Paulista (CPP), do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), da Unicamp, do Fórum em Defesa da Escola Pública e Fórum das Seis.

Para Prandi, a revista reflete uma importância extraordinária em um momento em que as entidades e os sindicatos vem sendo atacados, segundo ela, de maneira incoerente e autoritária. A parlamentar comentou ainda a entrevista do secretário Paulo Renato à revista Veja em que, de acordo com ela, as entidades foram criminalizadas e erroneamente associadas à má qualidade do ensino no Estado.

Para Roberto Felício, a entrevista do secretário demonstrou não só o autoritarismo do governo mas, sobretudo, que o secretário não entende o papel e a tarefa de uma organização sindical, que é defender o interesse de seus profissionais. "Essa revista será um importante instrumento para negar as palavras do secretário Paulo Renato, na revista Veja", declarou. Felício afirmou ainda que à medida que o governo fala em aumento de investimentos na área da educação, reconhece a sua insuficiência.

O professor José Conceliero, presidente do CPP, destacou a colaboração das entidades que, de acordo com ele, supriu o abandono por parte da secretaria estadual. A revista, segundo ele, é um trabalho que, além de trazer subsídios para os professores, também tem o intuito de "desengavetar" o Plano Estadual de Educação. "Talvez, com ele, tenhamos uma política de estado, e não uma política de governo, como temos hoje", afirmou.

A presidente da Apase, professora Maria Cecília Sarno, considerou o lançamento da revista um importante marco na história das entidades em defesa da classe. A revista, segundo a professora, é uma resposta ao "material duvidoso de proposta curricular que a secretaria ofereceu aos professores". Para Sarno, a entrevista do secretário à Veja mostra que nem ele nem o governador José Serra sabem conviver com a democracia.

A presidente da Apeoesp Maria Izabel de Noronha afirmou, a respeito da aprovação do PLC 29, que qualquer critério fundamentado em uma análise por resultados é uma tentativa de transformar escola em empresa.

Coordenadora da revista e representante da Faculdade de Educação da Unicamp, Mara Regina Jacomeli destacou o marco que a revista causou na história da educação paulista. "Este trabalho mostra a escola pública paulista sobre outra perspectiva. Instauramos um novo marco na história das políticas educacionais", declarou. Destacando o trabalho coletivo entre entidades e acadêmicos, a coordenadora afirmou que o próximo passo será trazer experiências com êxito sobre projetos alternativos para o currículo escolar.

Também da Unicamp, o professor José Claudinei Lombardi afirmou que a entrevista do secretário à Veja cumpre um papel ideológico. Responsável pela análise histórica e filosófica da referência educacional do Estado, Lombardi ressaltou que o projeto, em curso, do governo se vincula historicamente a um projeto privatista mercadológico da educação, baseado numa perspectiva neoliberal. "A saída para a educação não está na lógica mercadológica, mas sim na recuperação da educação pública, gratuita, laica e de qualidade", afirmou.

Para o professor César Minto, representante do Fórum das Seis e do Fórum em Defesa da Escola Pública, os processos básicos da reforma educacional pelo governo estadual dizem respeito a três funções: privatização, terceirização e publicização. Minto destacou a importância de se lembrar questões como a luta das entidades pelo aumento do piso salarial nacional e para ampliar os recursos para a área da educação que, hoje, de acordo com ele, está em 30%.

Prandi também destacou a aprovação, pela Comissão de Educação, de requerimento para a realização de uma audiência com a finalidade de discutir o Projeto de Política Estadual de Educação. O evento ainda não tem data marcada.

alesp