Amor Exigente, movimento de prevenção à dependência química, visita a Assembleia


16/06/2009 20:53

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Deputado Afonso Lobato (centro)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2009/lobatoeamorexigente02ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Um grupo de voluntários do Movimento Amor Exigente visitou a Assembleia paulista nesta terça-feira, 16/6, com o objetivo de obter apoio político para que o movimento possa desenvolver ações mais eficientes de combate e prevenção ao uso de drogas. Segundo os integrantes da comitiva, o movimento ganhou força e importância na região de Pindamonhangaba e, por esse motivo, os voluntários foram recebidos por membros da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira.

Acompanhados pelo coordenador da frente, deputado Afonso Lobato (PV), eles explicaram a necessidade de juntar esforços para responder de forma mais eficiente ao problema do avanço da dependência química, principalmente entre os jovens.

A voluntária Mara Silvia Carvalho de Menezes que, após a perda de um filho em decorrência do uso de entorpecentes, sentiu-se motivada a desenvolver um trabalho voltado para a orientação aos familiares de usuários e à recuperação de dependentes, com o lema sensibilizar, informar e formar, tenta reunir parceiros nessa luta "para não perder as pessoas e, especialmente, não perder as crianças, adolescentes e jovens para as drogas". Nessa empreitada, ela acredita ser fundamental o apoio do Poder Público e a divulgação mais abrangente possível do trabalho do Amor Exigente.

O movimento registra atualmente 100 mil atendimentos por mês, em 11 cidades-piloto, sendo quatro no Estado de São Paulo (Votuporanga, Santos, Campinas e Pindamonhangaba). Mara avalia que a participação da comunidade no trabalho é bastante importante, mas a articulação governamental é essencial.

Além do deputado Afonso Lobato, os deputados Gilson de Souza (DEM), Hélio Nishimoto e Célia Leão, ambos do PSDB, Feliciano Filho (PV), Jonas Donizette (PSB), que representam as regiões de Franca, Campinas e Votuporanga, e os membros da frente parlamentar: Mozart Russomano (PP), Luis Carlos Gondim (PPS), Carlinhos Almeida (PT) e Said Mourad (PSC), receberam a comitiva de voluntários, integrada também por Hugo Netto Natrielli de Almeida, o pároco da Paróquia São Benedito de Pindamonhangaba, padre José Júlio Azarito, o pastor Valter Braga, da Igreja Assembleia de Deus " Ministério Belém, de Pindamonhangaba, a vice-prefeita e secretária de Relações Institucionais de Pindamonhangaba, Myriam Alckmin Ramos Nogueira, a vereadora e articuladora da Educação Geni Dias Ramos e José Silva, articulador da região.



História do Movimento



Por volta dos anos 70, surgia, nos Estados Unidos, um movimento liderado por David e Phyllis York, um casal de americanos com três filhas, todas envolvidas com drogas.

Era, de certa forma, um movimento reacionário, contra a linha extremista de liberalidade e exageros na valorização da criança e do adolescente. A maioria dos profissionais, então seguidores de "liberdade sem medo", culpava os pais por todos os desmandos dos jovens, deixando, nestes, um sentimento de desamparo e confusão.

O movimento rapidamente se fortaleceu e rompeu as fronteiras americanas.

Padre Haroldo J. Rahm, jesuíta nascido no Texas (EUA), já brasileiro, morando no Brasil desde 1964, mantinha em Campinas (SP) uma comunidade terapêutica para recuperação de dependentes de álcool e outras drogas. No começo dos anos oitenta, ao tomar conhecimento desta proposta americana, imediatamente adotou-a. Os princípios adotados pelo Amor Exigente (AE) são, na realidade, exatamente aquilo em que " com sua vivência e experiência de conselheiro " Padre Haroldo acredita. Os pais, apropriando-se desses princípios, iriam sentir-se mais seguros e possibilitariam que seus filhos mudassem de comportamento. Daí à tradução do livro e à tentativa de organização do grupo no Brasil foi um salto.

Em 1987, Mara Silvia Carvalho de Menezes, à frente do movimento, adaptou o AE ao contexto brasileiro e apresentou o novo programa durante a Primeira Conferência Latino Americana de Comunidades Terapêuticas para Farmacodependentes e Alcoolistas, Prevenção e Terapia.

Aos dez princípios do programa americano, acrescentou mais dois e, a partir desses doze princípios, apresentou preceitos sem fronteiras para a organização da família. De lá para cá, o movimento cresceu e espalhou-se por todo o país. Atualmente, alguns milhares de voluntários, mestres em AE, líderes importantes de suas comunidades, estão a serviço deste apostolado, que é o resultado de uma caminhada persistente, perseverante, de tantos quanto acreditam no Amor Exigente e desejam levar outras pessoas a se beneficiarem desse programa.

O AE trata-se de uma proposta comportamental, destinada a pais, orientadores, educadores e familiares em geral como forma de prevenir e solucionar problemas com os alunos, filhos e entes queridos.

Em grupos de apoio e ajuda mútua, os pais, professores e familiares são: encorajados a agir em vez de só falar; desencorajados de usar violência ou agressividade; levados a construir a cooperação familiar e comunitária.



Missão



Ser um programa de proteção social, que apoia e facilita as mudanças comportamentais na família e na sociedade, visando a prevenção e qualidade de vida



Visão



Ser referência segura para as pessoas que buscam melhorar os relacionamentos familiares e sociais.

alesp