Ciência e Tecnologia recebe apresentação sobre bioplásticos compostáveis


01/06/2011 20:35

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Vitor Sapieza (dir) preside os trabalhos da comissão <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/ComCiencTecZED1480.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parlamentares da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/ComCiencTecZED1495.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na reunião ordinária da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação, presidida pelo deputado Vitor Sapieza (PPS), nesta quarta-feira, 1º/6, foi feita a apresentação do novo plástico biodegradável e compostável, pelos diretores da empresa Biomater Bioplásticos do Brasil, João Carlos de Godoy Moreira e Angelo José Bernachi Vicente.

A apresentação aconteceu a pedido do deputado Welson Gasparini (PSDB), que afirmou ter ficado impressionado ao conhecer o novo plástico, frisando que o produto atende ao cuidado que o meio ambiente precisa. "A importância deste plástico é por ser compostável: torna-se adubo". Gasparini ressaltou que o plástico é resultado de pesquisas feitas em conjunto pela empresa e acadêmicos da Unicamp e da Ufscar. "Isso comprova a necessidade de apoio à pesquisa em todos os setores".



Bioplástico compostável



Depois de muitos anos de desenvolvimento e de intensas discussões em comissões de normatização, disse Moreira, os requisitos para compostabilidade tornaram-se bem estabelecidos e têm sido firmemente fixados em normas nos EUA, União Europeia e Brasil. Todos possuem requisitos essenciais que são a biodegradação e desintegração sem efeito na qualidade da planta. "Este plástico não é biodegradável", reiterou, "é compostável, e tem origem em recursos renováveis agrícolas (mandioca, milho, batata etc). O mundo está lastreado na sustentabilidade, não podemos usar água para reciclar plásticos. Além do mais, um bioplástico de fonte renovável agrícola retira CO2 da atmosfera, enquanto um plástico da cadeia do petróleo gera emissão de CO2."

Para o diretor, a produção de bioplástico tornará o país uma sociedade de baixa emissão de carbono, mostrando o potencial do Brasil para fornecer uma fonte sustentável de recursos e melhorar o impacto ambiental de toda a cadeia produtiva. O bioplástico pode ser usado para embalagens de alimentos, filmes em geral, cartões, embalagens de cosméticos, produtos agrícolas e eletrodomésticos, entre outros. No processo de compostagem, o bioplástico é degradado em um período de três semanas a, no máximo, 180 dias.



Políticas de preservação



Encerrada a apresentação, José Bittencourt (PDT) parabenizou a exposição sobre o bioplástico e propôs que a pesquisa seja encaminhada aos deputados que têm projetos de lei ligados ao assunto e em trâmite na Casa. Bittencourt entende também que a comissão deveria enviar requerimento ao governo do Estado solicitando informações sobre as políticas referentes ao tema.

Beto Trícoli (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, disse que tem sete projetos desta natureza aguardando distribuição na sua comissão, e que o novo produto vem ao encontro dos interesses dos autores.

Para Vitor Sapienza (PPS), "o sucesso de uso do bioplástico só acontecerá se houver muita divulgação didática, haja vista a dificuldade existente na diferenciação, pelo consumidor, entre o plástico de petróleo e o bioplástico".

Devido à importância do tema, a comissão decidiu que irá realizar uma audiência pública para debater as possibilidades que o bioplástico oferece, e a abrangência da legislação pertinente. A data será definida em breve.

Também estiveram presentes à reunião os deputados Hamilton Pereira (PT), André Soares (DEM) e Sebastião Santos (PRB).

alesp