Meio Ambiente vai convocar envolvidos em depósito irregular na Lagoa de Carapicuíba


22/05/2003 21:30

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Lagoa de Carapicuíba<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/mambiaenteA220504.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA ASSESSORIA

A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de São Paulo vistoriou a Lagoa de Carapicuíba na manhã da quinta-feira, 22/5. Seu presidente, o deputado Donisete Braga (PT), após a visita, disse que proporá a convocação de todos os envolvidos nas denúncias de depósito irregular de resíduos provenientes do rebaixamento da calha do rio Tietê na área de aterramento da lagoa.

"Vamos reunir os técnicos dos órgãos ambientais do Estado, os prefeitos, os vereadores e os representantes da sociedade civil para ampliar a discussão e chegar a um consenso sobre a recuperação da lagoa", afirmou Braga.

Durante a vistoria, pelo prefeito de Carapicuía, Fuad Chucre, por vereadores, por representantes de Ongs e pelos deputados Emídio de Souza (PT) e Rodolfo Costa e Silva (PSDB), o superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Ricardo Bossari, explicou que cerca de 150 mil caminhões de resíduos - mil por noite - já foram depositados no aterro, o que representa cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos de material.

Falta de fiscalização

O deputado Rodolfo Costa e Silva pediu a realização de análise nas vísceras dos peixes. Licenciado para receber apenas material inerte, como terra e rocha, o aterro vem servindo de depósito de resíduos químicos e compostos orgânicos, conforme constatou análise da Cetesb, o que resultou numa multa ao Daee. O próprio prefeito de Carapicuíba, que tem projeto para transformar o local em parque público, admitiu a falta de fiscalização no local, o que provoca a entrada irregular de caminhões. Além disso, desde 22 de novembro passado, ao custo de R$ 10 cobrados pela prefeitura, é possível despejar caminhões de terra no local, sem fiscalização.

Donisete Braga informou, ainda, que a suspensão do depósito desses resíduos está nas mãos da Justiça. Por outro lado, Ministério Público Estadual propôs ao Daee a suspensão prazo de 90 dias; já o Juiz da 17ª Vara da Justiça Federal julga medida cautelar, com o mesmo objetivo, impetrada pela Procuradoria Geral da República.

alesp