DA REDAÇÃO

O presidente Fábio fala com gestos rápidos e, através da voz de sua intérprete, Rosângela, concede a palavra à deputada estadual Célia Leão, idealizadora do Parlamento Jovem. Célia posiciona-se à frente dos jovens deputados, vestida de branco, em sua cadeira de rodas violeta, e faz um "discurso interativo" com os meninos, bem humorado e também cheio de sensibilidade. Todos ouvem, riem, concentram-se na voz doce de Célia, e aos poucos vão absorvendo lições sobre combate ao preconceito, luta contra a adversidade e, sobretudo, alegria de viver.

Célia Leão pede ao presidente Fábio que desça até o Plenário, a fim de receber uma medalha concedida pelo presidente da Assembléia, deputado Sidney Beraldo. O rapaz aproxima-se, abraça a deputada e agradece a homenagem dizendo, em muitas palavras afetuosas, que as diferenças devem ser superadas, que todos devem estar unidos, que todos cabem em seu coração, que é muito grande, e que, por isso, ele é muito feliz. Sua voz, Rosângela, fica muda por um momento, emocionada. Todos se emocionam, os meninos, os professores, os funcionários. Todos aplaudem, na linguagem dos surdos, agitando as mãos espalmadas.

Célia encerra, incentivando os jovens à participação, à luta pela plena cidadania, com uma frase de Martin Luther King: "O problema não é a maldade dos maus, mas a omissão dos bons."