Frente parlamentar debate hidrovia Tietê-Paraná

Diretor do Departamento de Hidrovias sugeriu implantação de hidroanel em torno da capital
16/09/2008 15:26

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Claudio Marques<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/FrenteHidrovias(Marco)-ClaudioMarques.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Frederico Bussinger, diretor do Departamento de Hidrovias da Secretaria dos Transportes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/FrenteHidrovias(Marco)-FredericoBussinger.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião marca a retomada dos debates promovidos pela Frente Parlamentar das Hidrovias neste segundo semestre<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/Frente hidrovia1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Fragata Rogerio Paulo Vaz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/FrenteHidrovias(Marco)-CapitaoFragataRogerioPauloVaz.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em reunião que marcou a retomada dos debates promovidos pela Frente Parlamentar das Hidrovias neste segundo semestre, o deputado João Caramez (PSDB), seu coordenador, avaliou como bastante satisfatórios os resultados que a frente tem alcançado.

Convidado a realizar uma explanação sobre o trecho hidroviário Tietê-Paraná, Frederico Bussinger, diretor do Departamento de Hidrovias da Secretaria dos Transportes, após frisar que o mundo enfrenta quatro grandes crises (energética, congestionamentos urbanos, escassez de alimentos e ameaças ambientais), disse que a hidrovia se apresenta como uma alternativa ante essas dificuldades.

Na semana em que se comemora de forma oficial a preservação do rio Tietê, Bussinger destacou vantagens que as hidrovias apresentam em comparação aos modais rodoviário e ferroviário. Ele mostrou dados referentes a tempo de viagem e custo de frete entre Jataí/Rio Verde e Santos, que conferem vantagens ao sistema hidroviário.

Diferenciando rios de hidrovias, o diretor afirmou que "o velho Tietê era navegável antigamente, mas possuía trechos de difícil transposição". Segundo ele, foram necessários investimentos em eclusas, canais, terminais e outros equipamentos para transformá-lo em um leito navegável.

A hidrovia Tietê-Paraná, atualmente com cerca de 600 quilômetros navegáveis, recebeu em 50 anos, sem contar o gasto com as eclusas, investimento de R$ 2 bilhões, conforme declarou Bussinger. Ele ressaltou que, por vezes, alguns pequenos investimentos resultam em grandes resultados.



Hidroanel



Segundo expôs Bussinger, a cidade de São Paulo é "privilegiadíssima", já que é banhada pela represa Billings e os rios Tietê, Pinheiros e Taiaçupeba. Por isso, poderia planejar a criação de um hidroanel viário, assim como já se investe nos rodoanéis e ferroanéis. Por fim, citou exemplos de outras grandes cidades, como o caso de Paris, que faz seu transporte de materiais da construção civil em barcaças.

A platéia também se manifestou: Adriano Murgel Branco, ex-secretário estadual dos Transportes discordou dos dados referentes aos custos apresentados por Bussinger. Ele observou também que há pelo menos 60 anos se discute o uso múltiplo das águas no Estado. Murgel pontuou que o governo do Estado perdeu o controle da malha ferroviária e alertou que o fato de 93% do transporte de cargas ser feito por rodovias levará a um colapso do sistema. Outro manifestante reclamou da falta de planejamento estratégico que suplante alternâncias de governos e pediu mais apoio da União.

Caramez, ao final dos debates, reafirmou ser o Parlamento o canal de interlocução entre a sociedade e o Executivo. "Esses grandes desafios têm de ser trazidos para debate nesta Casa", concluiu o parlamentar.

alesp