Com a presença das principais autoridades políticas de São Paulo e das autoridades do Ministério Público de diversos Estados, tomou posse nesta quinta-feira, 24/4, o novo procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira. A cerimônia aconteceu no salão nobre da Faculdade de Direito da USP e Fernando Grella veio substituir Rodrigo Pinho, há quatro anos no cargo. A escolha do chefe do Ministério Público de São Paulo é feita por votação dos procuradores e dos promotores de Justiça de São Paulo, para um período de dois anos e referendada, ou não, pelo governador, que geralmente acata a escolha do eleito na lista dos três mais votados " a tradição foi quebrada em 1996 quando Mário Covas nomeou Marrey, apesar de ele ter perdido a disputa. Grella chegou ao cargo vencendo seus pares José Oswaldo Molineiro, José Benedito Tarifa e Paulo Afonso Garrido, e sua principal proposta é "uma administração suprapartidária, feita não por grupos diferentes, mas por pessoas unidas por uma mesma idéia". Grella defende, entre outras coisas, a criação de um banco de dados informatizado e compartilhado entre as promotorias. Falaram na solenidade: Washington Epaminondas Medeiros Barra, procurador de Justiça e presidente da Associação Paulista do Ministério Público, que classificou a posse como "o maior evento de nossa instituição"; José Roberto Garcia Durand, procurador de Justiça, que falou em nome do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça e lembrou da importância do Ministério Público na "defesa da ordem jurídica do Estado"; Rodrigo César Rebello Pinho, que deixou o cargo e fez uma breve prestação de contas de seu mandato e do aperfeiçoamento do Ministério Público na sua gestão, levando-o para mais próximo do povo através das audiências públicas que realizou em todo o Estado; o prefeito Gilberto Kassab, que lembrou as ações que a prefeitura tem de promover no sentido de "colocar sempre o bem comum acima do pessoal" e da importância do Ministério Público no arbitramento dessas ações; o presidente em exercício da Assembléia Paulista, deputado Waldir Agnello, que desejou sucesso ao novo procurador-geral dizendo que o "Ministério Público está em boas mãos"; e o governador Serra, que encerrou os discursos. O novo procurador foi eleito para o biênio 2009-2010 e irá gerir um orçamento de R$ 1,1 bilhão para defender e promover a ordem jurídica no Estado, o que significa mover eventuais ações contra prefeitos e o governador. No momento, 443 prefeitos são alvo de investigações na Procuradoria-Geral. A importância do cargo pode ser medida pela presença na posse de três ex-governadores de São Paulo, deputados federais e estaduais, representantes do Ministério Público da maioria dos Estados e diversas autoridades do mundo jurídico. Compuseram a mesa solene o governador Serra, o procurador-geral Fernando Grella Vieira, o deputado Waldir Agnello, o presidente do TJ, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, o prefeito Gilberto Kassab e o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira. Após a solenidade, o procurador-geral recebeu os cumprimentos no saguão do auditório.