Assembléia Popular


16/11/2005 15:23

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Socorro Justino de Morais<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Socorro Justino de Morais 04.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Josanias Castanho Braga Testa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Josanias Castanho Braga03.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Edson Araújo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Edson Araujo01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Silvio Luiz Del Giudice<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Silvio Luis Del Giudice02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Evani de Almeida Pereira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Evani de Almeida Pereira01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Hospital de Parelheiros

Josanias Castanho Braga Testa, do Movimento Saúde de Parelheiros, pediu a ajuda dos deputados para a inserção, na próxima Lei Orçamentária Anual, de verbas para a construção do Hospital de Parelheiros. Ele disse que se uma pessoa sofre um acidente e procura o único pronto-socorro da Região de Parelheiros, acaba morrendo por falta de atendimento médico. Cobrou do prefeito de São Paulo, José Serra, a promessa de construção do hospital feita durante a última campanha eleitoral. Ele disse também que o importante é a construção do hospital, seja pela prefeitura, pelo Estado ou pelo Governo Federal.

Necessitados e excluídos

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua, disse que a Secretaria da Saúde "é uma bagunça" e que quando esteve lá, à procura de um documento que havia solicitado, foi mal atendido. Além disso, o documento havia sido extraviado. Mendonça disse que "a Saúde já morreu e quem está à frente da Secretaria de Saúde está mais morto ainda". Sobre o Seminário do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua, disse que participaram do evento "as pessoas que realmente acreditam que se pode fazer alguma coisa em prol dos necessitados e dos excluídos". Com referência à postura dos vereadores, Mendonça concluiu que "uma das maiores decepções de sua vida foi saber que na Câmara Municipal de São Paulo não há representantes do povo".

Segurança omissa

Maria Lima Matos, delegada de polícia, acusou a Secretaria de Segurança Pública de omissa e voltou a cobrar do governador do Estado, Geraldo Alckmin, uma política de segurança pública para atender as regiões periféricas mais necessitadas de São Paulo e dos municípios de Guarujá e Itapecirica da Serra. A delegada disse que o responsável por toda essa situação de insegurança é o secretário Saulo de Castro Abreu Filho, nomeado pelo governador. Ela afirmou também que está dormindo nas favelas das periferias e de Itapecerica da Serra e convidou o governador e o secretário a fazerem o mesmo. Quando se dorme nas favelas, disse, fica-se em pânico, porque nunca se vê nenhuma viatura policial, o cidadão vive ali sem nenhuma proteção. Para ela, "política de segurança boa é aquela que registra baixos índices de criminalidade e que protege os excluídos e os discriminados".



Falácias... e Uma Certa Ignorância

José Roberto Alves da Silva, do Movimento de Olho na Escola Pública, respondeu acusações que, segundo ele, sofrera por parte de representantes de "entidades de servidores públicos da área da educação", na Assembléia Popular da semana passada, que teriam chamado as suas colocações de "falácias". No texto "Falácias... e Uma Certa Ignorância", afirmou, entre outras coisas, que "As escolas públicas ensinam o egoísmo (...) e a competitividade (...)"; "(...) vemos uma Federação apoiar a violação de dois princípios constitucionais, a municipalização e a descentralização"; "As discussões do FUNDEB não estão passando pelos canais populares" e "O financiamento da Educação tem de fazer parte do Plano Estadual de Educação, projeto que está na casa e não sai da Comissão de Educação".



Não imitem os parlamentares

Anderson Cruz, do Instituto Pau Brasil, se disse satisfeito com os debates sobre educação que ocorrem na Assembléia Popular, uma vez que a discussão necessária não ocorre na Assembléia Legislativa. Acusou a Apeoesp de se reunir somente para reivindicar salários e de usar a comunidade em defesa de seus direitos. "Em todos os casos que denunciamos, a Apeoesp coloca um advogado em favor do profissional denunciado. De que lado está a Apeoesp?", indagou. Lembrou que a partir de amanhã terá início o Parlamento Jovem nesta Casa e sugeriu que os jovens "não imitem os deputados que dificilmente debatem a educação, os direitos humanos e o meio-ambiente".



Violência nas escolas

Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), falou sobre a violência nas escolas que, segundo ela "vai da falta de vagas até o espancamento e a tortura de alunos", perante a qual há "omissão das autoridades". Referiu-se ao fato de a diretora da Apeoesp ter considerado "falácia" o que disse. "Ela quis dizer mentira", explicou. "A representante da Apeoesp faz pose de quem é dona da verdade; ela acha que tem razão e o povo não", completou. Para Cremilda, o Estado tem que ser responsabilizado pelo problema da violência. "Por que só os pais são cobrados?", perguntou.

Humilhação e constrangimento nas escolas

Mauro Alves da Silva, do Grêmio Ser Sudeste, citou várias pesquisas que demonstram que professores se omitem ou mesmo incentivam as humilhações e constrangimentos a alunos por parte de seus colegas. Segundo ele, o aluno que atirou contra outros jovens na escola era constantemente chamado de "gordo" na presença do professor, que não tomava nenhuma providência. Sugeriu que os professores sejam constantemente avaliados e que seus salários sejam vinculados a esta avaliação.

Mudança de regra

Evani de Almeida Pereira, do Projeto Malaguenha, denunciou a Faculdade de Direito da PUC por ter modificado edital, durante o processo de seleção, que estabelecia os critérios para que alunos que já tivessem concluído o ensino superior em outras áreas ocupassem as vagas remanescentes do vestibular da faculdade de direito. Segundo Evani, o processo constava de duas etapas, prova escrita e entrevista, mas logo após a prova ele foi modificado para prova ou entrevista "o que favoreceu apadrinhados". Ela vem denunciando o fato desde 1998 sem ter obtido qualquer explicação da PUC e do Ministério Público. Ao final de sua fala, Evani conclamou a população a participar da Conferência dos Direitos Humanos que ocorrerá nos dias 9, 10 e 11 de dezembro.

Mais transparência

Silvio Luiz Del Giudice, do setor terceirizado da construção civil, criticou os deputados que só aprovam o que o governo quer. Parabenizou os deputados de oposição que têm realizado audiências públicas, ao contrário do governo, que não dá informações para a população. Sílvio reclamou da falta de democracia nas instituições do país, inclusive nas escolas onde não existem grêmios estudantis livres e comandados por estudantes.

Ambulantes

Socorro Justino de Morais, presidente da Associação de Ambulantes do Campo Limpo, solicitou apoio para a feira de troca que acontece em Campo Limpo. Segundo a líder popular, os ambulantes que realizam a mesma são aposentados e desempregados que buscam alternativas para viver e deveriam ser mais bem tratados pela prefeitura. Pediu ainda que o prefeito e os vereadores autorizem a realização da feira aos domingos.

Saúde em preto e branco

Edson Araújo, do Movimento pela Saúde, afirmou que os "tucanos" são muito coloridos, mas suas ações são sempre em preto e branco, como na área da Saúde onde a população continua a sofrer. Denunciou a ausência de medicamentos, principalmente no Hospital do Grajaú, onde falta vacina antitetânica para acidentados. Criticou a mídia que, segundo ele, se comporta como partido político e tenta inviabilizar o governo Lula.

alesp