Espaço Cultural V Centenário abrigou 18 mostras de estilos e técnicas diversas em 2006


02/01/2007 17:27

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Homenagem a Orlando Villas Bôas <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-boas.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Visões Ingênuas, de Graciete Borges <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-graciete borges.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A Paulicéia do Novo Milênio, de Gil Sabino <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-GilSabino.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Após a criação do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo pela atual Mesa Diretora, presidida pelo deputado Rodrigo Garcia, as atividades culturais têm merecido maior destaque e, conseqüentemente, divulgação pela TV Assembléia e pelo Diário da Assembléia, que publica diariamente uma página dedicada a artistas com obras doadas ao acervo do museu.

Foram montadas 18 mostras no Espaço Cultural V Centenário, envolvendo artistas dos mais diversos estilos e técnicas. Exposições de pintura, aquarela, escultura, colagens, fotografias e tapeçarias mereceram a atenção não somente do público interno, mas também dos visitantes da Assembléia Legislativa.

Nesta edição, apresentamos alguns comentários sobre Renato Yplinski, Iwao Nakajima, Orlando Villas Bôas, Ewely Branco, Gil Sabino, Marise Braga, Francisco Gonçalves, Graciete Borges, Ângela dos Santos, Roberto Lerner, Ademilson Passos, Gilberto Masson, Maruska Cara, Célia Messias, Lourdes Alkmin, alunos do Colégio Mater Amabilis, Nino Millan, Maria Pia Perrella e Isidro Cistaré.

Março

Magia da Natureza, de Renato Yplinski

O objetivo de cada obra de Yplinsky é captar a realidade com imediatismo e espontaneidade, o que revela um sentimento de profundo lirismo. O artista busca sugestivos recantos de paisagem, onde a luz se torna mágica protagonista. Cada uma de suas obras é clara e límpida e possui todos os requisitos da arte realista, que transmite de imediato por meio de uma linguagem poética.

50 anos de Brasil, de Iwao Nakajima

A essência de sua pintura naïf repousa sobre uma substância poética própria. O pintor é, muitas vezes, um poeta que escreve poesia com o pincel. Uma poesia ingênua e pura, que tem suas raízes na memória, na sensação íntima da própria realidade.

Entrelaçadas florescências e cromatismos alusivos fazem desabrochar situações e sentimentos, nos quais se entrelaçam os desejos de uma ativa participação, tão diferente da rotina de nossos dias.

Abril

Homenagem a Orlando Villas Bôas

No quadro da Semana Orlando Villas Bôas, realizada anualmente pelo Instituto do Legislativo Paulista, Centro Orlando Villas Bôas, Centro Brasileiro de Cultura e Civilização e Superintendência do Patrimônio Cultural, foi organizada uma exposição fotográfica sobre a vida e a obra do sertanista brasileiro.

Maio

Paisagens Líricas, de Ewely Branco

A artista, arquiteta por formação, recusa-se a ser classificada como primitiva ou naïf. É, na realidade, uma pintora existencial, que com ingenuidade elabora paisagens dignas de um paraíso idílico, suspirado e poético.

Julho

A Paulicéia do Novo Milênio, de Gil Sabino

A construção clássica e a entoação moderna das telas de Gil Sabino surpreendem pela elegância tanto do tratamento da matéria quanto da cor, que nobilitam e exaltam a composição, rendendo-a e, ao mesmo tempo, tornando-a agradável e fascinante.

Agosto

Etnias, Vida e Cultura, de Marise Braga

Na pintura de Marise, a figura humana é enfocada como parte predominante da natureza e reproduzida com escrúpulo. Com a predisposição para retratar o panorama figurativo e seguindo uma temática relativa ao ser humano " suas etnias, costumes e crenças ", a pintora adota uma prioridade de caráter espiritual, não se afastando de um certo virtuosismo estético.

Mar, Marinhas e Gaivotas, de Francisco Gonçalves

O artista procede sem contradições sobre um trilho de sabedoria, identificando o estímulo criativo de uma apaixonada vontade de conhecimento. Sua disposição para sensibilizar os aspectos da natureza num aprofundamento essencial, mais intuitivo que teórico, produz agradáveis resultados. Eloqüente nos seus respiros de atmosfera, sua pintura não é apenas um mero relato de sugestão. Paisagista por excelência, ele dedica à paisagem sua versatilidade, não se abandonando a tentações de fácil efeito. Extremamente sensível, Fran sabe colher com rapidez as mutações da paisagem.

Visões Ingênuas, de Graciete Borges

O mundo que Graciete pinta é o da paisagem, das colheitas e das cenas campestres, tal como ela o vê em suas cores, luzes e sombras, em sua vida simples e seus costumes rústicos. A vida cotidiana nas fazendas e nos vilarejos, que ele pinta com amor, constitui uma observação afetuosa das ocupações diárias, uma pintura descritiva do trabalho de nosso homem do campo.

Arte do Papel, de Ângela dos Santos

Desde criança, Ângela dos Santos sempre esteve envolvida com as artes, influenciada pelo tio italiano, que confeccionava objetos de decoração e bijuterias de metal. Nos anos 80, mudou-se para Milão, Itália, onde estudou no Istituto Europeo di Design.

Seu trabalho é bastante requisitado por grandes estilistas, como Alba Noschese, Cecília Echenique, Andréia Britto e Rose Benedetti, e por casas tradicionais, como a Fortaleza e a Acqua.

Setembro

Abstrações Simbólicas, de Roberto Lerner

Roberto Lerner constrói e inventa os traços do mundo, de sua expressividade e da poética da realidade. Sua escultura poderia ser definida como "uma metáfora geométrica".

Em suas obras, encontra-se uma contínua dialética entre forma e espaço, e, em alguns casos, cor. A dinâmica intuitiva que a sustenta cria, às vezes, significados virtuais, associações da memória e substanciais buscas interiores, transportadas para os valores da comunicação. Lerner incorpora em suas obras um profundo significado humano e provoca no observador o encantamento que o artista procura transmitir com o simbolismo desejado.

Diálogo com a Natureza, de Ademilson Passos

Ademilson Passos é um artista que traz dentro de si inúmeros estímulos do ambiente onde vive. Suas obras são sempre marcadas por inconfundível linguagem. Elas explicitam uma precisa matriz cultural em dialética com o ambiente. Oferecem seus componentes a uma fácil interpretação e a uma leitura do realismo com o qual o artista interpreta a natureza brasileira.

Homenagem a Gilberto Masson

Falecido recentemente, o pintor e escultor Gilberto Masson foi homenageado com uma exposição de suas últimas obras. Nelas, o artista oferece uma realidade depurada de toda revelação elitista, reduzida a uma imagem ingênua, quase primitiva. Seu meio estilístico exprime em formas anti-acadêmicas seu "realismo populista". Suas figuras se movimentam seguindo esse realismo, no qual cor e forma, realidade e fantasia, riqueza e ingenuidade encontram um modo de se amalgamar como as notas de uma sinfonia campestre, repleta de recordações da juventude, vivida numa típica família de imigrantes italianos.

Outubro

A Opulência do Simples, de Maruska Cara

A aquarelista Maruska Cara, digna descendente dos artistas da Idade de Ouro e combinação perfeita de pintora, poetisa e filósofa, consegue com rara habilidade dar ao tema uma interpretação contemporânea. Suas criações ornamentariam honrosamente até mesmo as luxuosas salas e os aposentos reais do Palácio de Versalhes.

Com as cores de suas belíssimas aquarelas e os detalhes de nossa luxuriante natureza, Maruska consegue entoar um verdadeiro hino de amor à natureza e ao seu divino Criador.

Novembro

Releitura da Natureza, de Lourdes Alkmin

A obra de Lourdes Alkmin, um misto de colagem sobre vidro, reunindo tecido e técnica mista, possui a delicadeza da arte oriental. Amante da natureza, a artista mostra em suas composições aves, animais predadores, florestas e riachos. A transparência em suas obras é filtrada através do craquelê resultante de delicadas e sutis camadas de ouro. Encontramo-nos muito próximos a uma arte chinesa, de cores esplêndidas, embora sem o seu academismo, pois o trabalho da artista é espontâneo e repleto de fantasia.

Interpretação Barroca, de alunos do Colégio Mater Amabilis

O tema da mostra inspirou possibilidades diversas e a exploração de diferentes técnicas de trabalho pelos jovens artistas, dando-lhes oportunidade e condições para o crescimento pessoal e o desenvolvimento de atividades coletivas, nas quais a expressão individual é também acolhida.

Dueto: Cor e Movimento, de Nino Millan e Maria Pia Perrella

Reunindo trabalhos de pintura em técnica mista realizados por Maria Pia Perrella e escultura em aço feitos por Nino Millan, a exposição de

obras destes dois artistas apresentou propostas e materiais bastante distintos. Um verdadeiro convite ao diálogo entre pintura e escultura.

Negro, uma Voz, uma Dor, de Maria Karkará

Sob o título "Negro, uma Voz, uma dor", a exposição de obras da artista Maria Karkará integrou a Semana de Cultura Negra 2006, organizada pelo Serviço de Defesa Contra o Racismo e o Grupo de Negros e Políticas Públicas da Assembléia Legislativa. A mostra focalizou a problemática do negro em nosso país, sendo que, paralelamente às telas da artista, foram incluídos textos e baners alusivos ao evento.

Dezembro

Sinfonia da Natureza, de Isidro Cistaré

As flores e as paisagens que Cistaré pinta refletem poesia, sentimento e espiritualidade. Doçura, leveza, harmonia e elegância emanam de suas obras. A sensibilidade pictórica desse artista encontra correspondência nas expressões de uma límpida poesia, que surge espontânea e envolvente. O artista trata seus temas seguindo uma tradição renovada pela influência dos impressionistas.

alesp