Prêmio Santo Dias é entregue à Irmã Lucina

Outros cinco indicados receberam diplomas em reconhecimento ao trabalho em defesa dos direitos humanos
11/12/2009 21:30

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Irmã Lucina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2009/premiosantodias2009 (1).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Realizou-se nesta sexta-feira, 11/12, no plenário Juscelino Kubitschek, sessão solene com a finalidade de realizar a entrega do Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, que anualmente é entregue a uma personalidade que se destaca pelo trabalho realizado na área da preocupação com o respeito à vida e à dignidade humanas.

Neste edição, dentre os indicados pela Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado José Candido, que abriu a solenidade, Maria Madalena Figueiredo, a Irmã Lucina, foi a escolhida. Indicada pelo deputado José Augusto (PSDB), membro da comissão, que assumiu a presidência da sessão após sua abertura, a Irmã Lucina desenvolve, desde 1968, um trabalho de amparo e resgate da população mais carente, em especial crianças e adolescentes, atendendo mais de mil pessoas mensalmente.

Além da Irmã Lucina, todos os indicados receberam diploma pelo seu trabalho. Milton Barbosa, membro Movimento Negro Unificado, luta pela a discriminação racial no país. O padre Gunther Alois Zgubic, representado por Pedro Ferreira, é sacerdote católico radicado na Brasil há cerca de 20 anos, e é reconhecido pela sua luta que resultou em conquistas como a política de combate à tortura no ambiente prisional e na implementação da Defensoria Pública no Estado de São Paulo.

Alberto Ferreira, outro indicado, é fundador do Instituto Afro-brasileiro Onda Verde, movimento voltado à integração social da comunidade negra. Maria de Fátima dos Santos Girardo, atua como orientadora social no Núcleo de Proteção Psicossocial Padre Paschoal Bianco e é integrante do Fórum da Criança e Juventude de Vila Prudente. José Gonzaga da Cruz é também militante na luta pelos direitos humanos.

O prêmio Santo Dias foi criado há dez anos e leva o nome do operário metalúrgico Santo Dias, morto pela Polícia Militar durante uma greve na zona sul da capital, em 1979. Desde sua criação, foram agraciados as seguintes pessoas ou entidades: D. Paulo Evaristo Arns (1997), Pastoral Carcerária São Paulo (1998), Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua e o jurista Hélio Bicudo (1999), Irmã Dolores e a Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos (2000), União das Mulheres de São Paulo e Revista Sem Fronteiras (2001), Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos (2002), Grupo de Teatro União e Olho Vivo e Waldemar Tebaldi (2003), Ana Maria Dias (2004), Movimento pela Defensoria Pública e a advogada Valdênia Paulino (2005), a teóloga Heidi Ann Cerneka e a pedagoga Josephine Bacariça (2006), a Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto (2007), e Antônio Marchioni Antonio (2008).

"Em 10 de dezembro é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, e por isso o Prêmio Santo Dias é entregue anualmente nesta data. Santo Dias, militante político e da igreja católica, foi morto lutando pela liberdade de seus companheiros. Nada mais justo que homenagear com seu nome aqueles comprometidos com o respeito e a preocupação com a vida", declarou o deputado José Augusto.

alesp